7 dias, 7 escolhas por Elson Angêlico

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1.Arte
ARCO Lisboa
Cordoaria Nacional
Domingo, 22 de maio

A minha tarde vai ser passada a fazer uma das coisas que mais gosto. Estar entre arte e artista, a admirar arte contemporânea na quinta edição da ARCOlisboa. O evento, que termina este domingo decorre desde sexta na Cordoaria Nacional e trouxe a Lisboa 65 galerias, 43 das quais integraram o Programa Geral, sendo que algumas participaram pela primeira vez, como a portuguesa Galeria 111, as espanholas Elvira González e Rosa Santos e as austríacas Lukas Feichtner Galerie e Zeller Van Almsick. Outras são já presença habitual de outras edições, como as portuguesas Cristina Guerra Contemporary Art, Pedro Cera e Vera Cortês e galerias internacionais como Greengrassi, Helga de Alvear, Krinzinger e Leandro Navarro.

2.Admirar
Lisboa e o Tejo
Atira-te ao Rio, Cais do Ginjal
Segunda, 23 de maio

Ao início da semana gosto de atravessar o Tejo e admirar o por do sol sobre Lisboa. O meu sítio preferido é a esplanada do restaurante Atira-te ao Rio, mesmo ao lado do elevador de Almada Velha, no Cais do Ginjal. O cair da luz sobre o Tejo e sobre Lisboa é um momento único. Inspirador. Tranquilo e arrebatador. Não há dois fins de tarde iguais. De cada vez que desfruto deste lugar deslumbro-me uma vez mais. Gosto de olhar a cidade, a magnífica obra da Ponte 25 de Abril, a beleza serena da Praça do Comércio, e a cidade de Lisboa com a sua escala perfeita. Uma cidade cosmopolita e moderna que vive tão bem com o passado, com a história e que nos dá esperança sobre o futuro. É uma cidade à escala humana, abraçada por um rio de rara beleza. Sentado na esplanada e, antes de escolher o petisco ou um cocktail, respiro fundo e deixo-me deslumbrar, uma vez mais pela cidade.

3.Exposição
(IM) MATERIALITY
NOT A MUSEUM
R. castilho 3, lisboa
Terça, 24 de maio

A exposição (IM)MATERIALITY, promovida pelo MEXTO Property Investment, promotora imobiliária especializada no segmento residencial de luxo, em parceria com a ARCOlisboa tem lugar num espaço muito especial, o NOT A MUSEUM. Neste lugar diferenciador apoia-se a comunidade artística, sobretudo da lusofonia, e em especial os jovens artistas. Até 15 de julho vale a pena ir uma vez, e mais outra, para conhecer as 90 obras de 48 artistas com trabalhos originais, maioritariamente inéditos. Os artistas de várias nacionalidades, na sua maioria lusófonos, representam países como Portugal, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Angola, África do Sul, Brasil, Holanda, Zimbabué, Alemanha, Burkina Faso, França. Esta exposição reflete o espírito experimental do lugar, promovendo uma nova relação com a arte, tornando-a acessível a todos os públicos.

4.Paraíso
Praia e Aldeia
Meco
Quarta, 25 de maio

A uma hora de Lisboa, banhada por um mar revolto, encontro a maior pérola azul que o mar nos pode oferecer. É um lugar privilegiado, com praias de extensos areais, arribas lindíssimas, areia branca e fina, uma gastronomia que dá primazia à frescura e aos produtos naturais. Falo do Meco, da sua aldeia e das suas praias. Com o mar a perder de vista, é sempre o local ideal para dar um mergulho e relaxar no extenso areal. Quem gosta de planar por esta zona são os amantes de parapente que por ali andam em jeito de companhia. Depois de aproveitar a praia, degustar um almoço de peixe fresco nesta aldeia tão típica é quase obrigatório e, ao final da tarde, não dispenso um passeio pela falésia para contemplar mais uma vez a paisagem na companhia das gaivotas. Quando o sol se despede é o momento ideal para um cocktail numa esplanada junto à praia.

5. Sul
Quinta do Lago e praia do Ancão,
Algarve
Quinta, 26 de maio

É um dos meus sítios preferidos a sul. No verão ou no inverno encontro sempre motivo para atravessar a ponte pedonal em madeira sobre a Ria Formosa que liga a Quinta do Lago à praia. É sempre uma surpresa. Seja com a maré cheia ou com na maré baixa há sempre um olhar diferente. Ora são as gaivotas e seus filhotes, ora os pequenos cardumes a bailar à superfície, ora os cheiros da maresia que nos fazem querer respirar fundo mais uma vez. Depois não dispenso uma caminha pela ria, por entre uma rica fauna e flora tão bem preservada. Termino com um almoço no sítio do costume. No restaurante Gigi encontro o melhor peixe e marisco de Portugal. Tudo confecionado com muito saber e sabor. Gosto de abraçar Bernardo Reino, o Gigi, dono do mais icónico restaurante do Algarve, que vive há mais de 30 anos na melhor terra do mundo. Sorte a dele. E nossa.

6.Viagem 1.

Veneza
Itália
Sexta, 27 de maio

Sempre que posso regresso a Veneza. É a cidade mais romântica do mundo. Gosto de a descobrir a pé. Sinto-me a viajar no tempo, de encontro a um passado glorioso, ao Renascimento. Imagino os grandes artistas, os grandes mecenas de arte, os mercadores, os arquitetos. Gosto especialmente de passear pela cidade à noite. De parar o tempo e de parar com ele. Para voltar. Sempre.

7.Viagem 2.

Nova Iorque
Please Don"t Teel
Sábado, 28 de maio

Por fora é um espaço como outro qualquer. Uma casa pequena, com ar gasto e anúncio a cachorros quentes. Depois de entrar dirijo-me a uma antiga cabine telefónica, disco um número e entro num outro mundo. Chama-se PDT, Please Don"t Teel e tem dos melhores cocktails de Nova Iorque. É uma memória dos tempos da Lei Seca que proibia a venda de álcool. O local é secreto e não o partilho com ninguém.

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