4 ministros demitiram-se após voto a favor de Gillard
As demissões de Chris Bowen, titular da pasta da Educação Terciária e Pequenas Empresas, de Martin Ferguson, ministro dos Recursos, Energia e Turismo, e Kim Carr, com a pasta dos Serviços Humanos, surgem depois da saída do Governo de Simon Crean, que era ministro das Artes.
Todos eram simpatizantes do antecessor de Gillard, Kevin Rudd, e Crean chegou mesmo a pedir publicamente ao ex-primeiro-ministro para se candidatar à liderança do Partido Trabalhista, o que levou Gillard a convocar eleições internas do partido na quinta-feira.
Rudd anunciou dez minutos antes da votação que não seria candidato e Gillard manteve-se na liderança da formação política.
Rudd divulgou hoje um comunicado em que descarta definitivamente qualquer ambição de se tornar líder dos trabalhistas.
As demissões dos quatro ministros juntaram-se as dos deputados Joel Fitzgibbon, Richard Marles, Ed Husic e Janelle Saffin, que renunciaram aos seus cargos no Parlamento australiano.
Gillard deverá anunciar em breve a nova composição do seu Governo.
"Ainda há pessoas que estão a reconsiderar as suas posições e eu também estou a considerar mudanças nos ministérios a realizar nos próximos dias", afirmou hoje a primeira-ministra australiana.
O líder da oposição, Tony Abbott, anunciou entretanto que procurará que uma moção de censura ao Governo de Gillard seja aprovada quando o parlamento retomar as sessões a 14 de maio, segundo a ABC.
A Austrália terá eleições gerais a 14 de setembro e, segundo as sondagens, os trabalhistas contam com 48% das intenções de voto face a 52% da coligação conservadora.