323 colheitas de órgãos para transplante em 2010
Portugal mantém-se, juntamente com Espanha, na liderança da actividade de colheita de órgãos e no ano passado voltou a ultrapassar a barreira dos 30 dadores por milhão de habitante, segundo já dados divulgados pelo ministério de Ana Jorge.
Assim, registaram-se no ano passado 573 transplantes de rim, o que permitiu reduzir em 8,6 por cento o número de doentes em lista para transplante renal. "Também a actividade de colheita de tecidos em dador cadáver teve um aumento muito significativo de 19 por cento", acrescenta o comunicado.
Em 2009, o número de dadores de órgãos de cadáver atingira um valor recorde, com 31 dadores por milhão de habitantes, tendo havido um aumento em todos os transplantes, à excepção do hepático, que registou um decréscimo de 6,9 por cento, anunciou há um ano a Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST).
No mesmo ano houve 329 dadores de cadáver, um aumento de 16 por cento em relação ao ano anterior, enquanto a colheita de órgãos de dador vivo aumentou 25 por cento em relação a 2008, uma situação para a qual terá contribuído a alteração da legislação em 2007, que permitiu a dádiva em vida de órgãos entre pessoas sem relação de parentesco. Segundo os dados da ASST, houve em 2009 um aumento de 8,2 por cento dos transplantes (928), tendo sido realizados 595 transplantes renais (mais 11,9 por cento).