Internamentos baixam no dia com mais mortos desde 18 de março

O relatório diário da Direção-Geral da Saúde indica que foram detetados 2535 novos casos de covid-19 em Portugal, onde foram declarados 21 óbitos. Internamentos baixam após 26 em subida constante.
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Portugal registou, em 24 horas, 2535 novos casos de covid-19 e 21 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório desta sexta-feira (3 de dezembro) indica ainda que há agora 902 pessoas internadas, menos 14 do que no dia anterior. Ou seja, foi quebrado uma série de 26 dias de subida. Quanto aos doentes em unidades de cuidados intensivos, há menos um que ontem, sendo agora 129.

Desde o dia 18 de março que que não se registavam em Portugal tantos óbitos associados à covid-19, sendo que hoje o maior número se registou em Lisboa e Vale do Tejo e na região Centro, com cinco, sendo que foram declarados quatro mortos no Algarve, três no Norte e outros tantos na Madeira.

No que diz respeito à distribuição de infeções, a região Norte teve 841, Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 820 e o Centro teve 528, bem longe das restantes zonas do país: Algarve (168), Madeira (101), Alentejo (62) e Açores (15).

Na atualização da taxa de incidência, regista-se uma subida significativa, tendo passado de 349,8 casos de infeção por 100 mil habitantes para os 374,0 a nível nacional, sendo que no continente a subida foi de 351,4 para os 376,5.

Quanto ao R(t), registou-se uma ligeira descida, passando de 1,15 para 1,13 em todo o território, enquanto no continente passou de 1,16 para 1,14.

Com esta atualização, Portugal contabiliza, ao dia de hoje, 56 439 casos ativos de covid-19.

A DGS fez ainda saber esta sexta-feira que foram registados esta semana um total de 564 surtos ativos, a maioria em escolas, pouco mais de metade do máximo atingido em fevereiro, quando chegou a haver 921 surtos ativos no país.

De acordo com a autoridade de saúde, na segunda-feira Portugal continental registava 44 surtos ativos em lares, 16 em instituições de saúde e 338 em estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado - escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais.

No total, havia 2959 casos de covid-19 resultantes destes surtos, que dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes, parte dos quais já estarão recuperados.

Do total de surtos ativos no início da semana, a maioria (280) localiza-se na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), seguida da ARS Norte (119), ARS centro (102) e ARS Algarve (35). Na ARS do Alentejo registavam-se 28 surtos ativos.

Estes 564 surtos ativos em território continental contrastam com os valores de fevereiro, quando o país atingiu um máximo de 921 surtos ativos.

De acordo com os dados da DGS, a 29 de novembro registavam-se 44 surtos ativos em lares de idosos, envolvendo 830 casos de covid-19. Em fevereiro, quando o país bateu o recorde de surtos em lares, havia 405 surtos, quase 10 vezes mais, com 12 mil infetados.

A DGS dá ainda conta da existência, na mesma data, de 16 surtos em instituições de saúde, com 132 casos confirmados.

Ainda esta sexta-feira ficou a saber-se que a DGS recebeu na quinta-feira a posição do grupo de peritos em pediatria e saúde infantil por causa da vacinação contra a covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos.

A SIC Notícias avançou, entretanto, que os pediatras conselheiros da DGS consideram que deve ser dada prioridade à vacinação de crianças de risco.

Em comunicado, a autoridade de saúde recorda que o processo de avaliação da vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos "está, ainda, a decorrer" e que a Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19 (CTVC) está a analisar as informações recebidas do grupo de peritos em pediatria e saúde infantil, assim como "outros documentos relevantes para a elaboração das recomendações".

Entre estes documentos está a informação técnica que Centro Europeu de Doenças (ECDC) emitiu no passado dia 1 de dezembro, em que apoia a vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, conforme aprovado pelo regulador da União Europeia (UE), sugerindo que as correm risco integrem grupos prioritários.

No comunicado divulgado esta sexta-feira, a DGS diz que "a emissão de recomendações em vacinação é um processo técnico rigoroso baseado numa avaliação de risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública". E acrescenta que as recomendações "serão tornadas públicas oportunamente".

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