A água pode ser bem fria, mas é absolutamente transparente e tranquila. Aqui nada-se e apanha-se sol. Com a maré baixa, é possível caminhar até às praias vizinhas e quase chegar pelo seu pé à Pedra da Anicha, cada vez mais marcada pela passagem do tempo.
Limpa a areia e a encosta da serra das construções clandestinas, controlado e reorganizado o acesso nas duas extremidades da praia (para quem vem de Setúbal ou de Azeitão), o Portinho vale bem uma visita ou toda uma temporada de praia. Para quem não quer sanduíches ou carregar geleiras, os restaurantes são q.b.; ao fim da tarde, em dias tranquilos, do lado do Museu Oceanográfico, manifesta-se por vezes uma atmosfera que remete para uma melancolia romântica alimentada pelas sombras que chegam da serra e pelo som subtil das marés.
Do alto da serra até à linha de água, a Arrábida esconde ainda grutas e algares, fauna variada e episódicos microclimas junto ao cume. Até um cliché soa bem quando se fala da Arrábida: aqui se prova que natureza e civilização não são incompatíveis.