18 mortos e 2.700 deslocados na Sardenha após ciclone

(COM VÍDEOS) As inundações "excecionais" que atingiram a ilha da Sardenha na segunda-feira causaram 18 mortos, cerca de 2.700 deslocados e avultados danos materiais, afirmou hoje o ministro italiano do Ambiente no parlamento.
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(Atualizada às 18h00 com dados oficiais do governo italiano)

As equipas de socorro, que procuram alcançar zonas de difícil acesso devido aos deslizamentos de terras e à queda de pontes, contabilizaram 18 mortos, indicou o ministro, Andrea Orlando, citado pela agência France Presse.

Entre as vítimas mortais, encontram-se quatro crianças.

"Cerca de 2.700 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas e foram acolhidas em estruturas [públicas] ou por familiares", acrescentou o ministro italiano, sublinhando o caráter excecional das tempestades, com picos de "450 mm de chuva, contra uma média de 1.000 mm por ano" em Itália.

Antes da declaração de Andrea Orlando, a câmara dos deputados observou um minuto de silêncio.

Segundo o diretor da proteção civil italiana, Gianfranco Galaffu, a tempestade de segunda-feira afetou cerca de 20 mil pessoas.

A cidade de Olbia foi a zona foi mais afetada pelo ciclone e onde há registo de seis vítimas, deslizamentos de terra, colapso de pontes e cortes de luz. O ciclone, que recebeu o nome de Cleópatra, foi classificado como "excecional" pelos media italianos.

O presidente da Câmara de Olbia, Gianni Giovanneli, explicou à Rai Uno que caiu esta noite na cidade uma "autêntica tromba de água" que, em poucos minutos, inundou algumas zonas até aos três metros de altura.

Na localidade de Monte Pino, o colapso de uma ponte causou cinco mortos, cujos veículos caíram à água.

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Centenas de pessoas foram retiradas das suas casas devido às inundações e dezenas de localidades ficaram sem acessos e foram afetadas pelos cortes de luz.

O diretor da Proteção Civil italiana, Franco Gabrielli, chegou esta manhã à Sardenha para coordenar as ajudas, e em Roma haverá uma reunião para decretar o estado de emergência na região.

O Governo italiano convocou já um Conselho de Ministros de urgência para decretar o estado de emergência e desbloquear rapidamente fundos necessários para responder ao que o primeiro-ministro Enrico Letta classificou como "um drama inacreditável".

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