112 não tem meios para localizar chamadas feitas por telemóvel

Georreferenciação só é exata quando o pedido de ajuda é feito por telefone fixo
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O 112 não tem meios para localizar um pedido de ajuda que seja feito através do telemóvel. Os operadores, agentes da PSP, não conseguem aceder à localização exata de quem faz os contactos através de telemóvel, ao contrário do que acontece se o pedido de auxílio for feito através da rede fixa.

A notícia é hoje avançada pelo Jornal de Notícias: o sistema em vigor nas centrais telefónicas do 112, o Cell ID, apenas transmite a localização da antena de telecomunicações mais próxima, e que poderá estar a quilómetros do local onde é necessário que se desloque o serviço de emergência. A georreferenciação é exata apenas quando a chamada é feita através de um telefone da rede fixa, ainda que a maioria dos portugueses, tal como no resto da Europa, peça ajuda ao 112 através do telemóvel.

Ao JN, Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, frisou que "o tempo é crucial para a segurança das pessoas" e que, muitas vezes, os elementos da Proteção Civil têm de andar à procura das vítimas. O Ministério da Administração Interna reconhece as limitações do sistema e assegura que já estão em implementação três tecnologias que permitirão uma localização mais precisa das chamadas - a mais adiantada é a aplicação do 112 para utilizadores surdos.

Até ao final de 2017, garantiu fonte do Governo ao JN, as centrais do 112 estarão também preparadas para receber sinais dos smartphones Android, permitindo que sejam enviadas as coordenadas GPS do telemóvel que contacta por sms ou wifi. Já o alerta eCall, outra tecnologia em fase de implementação, será incorporado nos automóveis, transmitindo automaticamente informação ao 112 em caso de acidente grave.

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