11 milhões de menores vão ser afetados pelo El Niño

África, Ásia e América Latina vão sentir as consequências do fenómeno
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A Unicef alertou hoje que cerca de 11 milhões de menores podem sofrer com as consequências dos efeitos do El Niño, fenómeno meteorológico que está a causar secas e inundações em África, Ásia e América Latina.

O fenómeno climático gera uma corrente de água quente no oceano Pacífico que provoca um aumento da temperatura do mar na costa, causando chuvas torrenciais nas zonas próximas do litoral. A América do Sul é uma das regiões do mundo mais afetadas, com inundações nalgumas zonas do subcontinente e graves secas noutras.

[citacao:As consequências podem estender-se durante gerações, a menos que as comunidades afetadas recebam apoio]

Num comunicado, a UNICEF lembra que além dos riscos de morte, o El Niño pode provocar o aumento de doenças como a malária, o dengue, a diarreia ou a cólera, especialmente mortais entre a população infantil.

"Quando condições meteorológicas extremas privam as comunidades dos seus meios de subsistência, as crianças sofrem frequentemente má nutrição, o que as coloca em alto risco de doença, atraso no desenvolvimento mental e morte prematura", indica o comunicado.

Este ano, o fenómeno do El Niño está a afetar várias zonas do mundo, entre as quais a América Central, com uma das piores secas das últimas décadas, segundo a agência da ONU.

Existem 3,5 milhões de pessoas afetadas em El Salvador, Honduras e Guatemala. No Peru, 1,1 milhões de pessoas, incluindo 400 mil crianças e adolescentes, estão em risco.

Na Somália, teme-se inundações que agravem a situação de três milhões de pessoas que já sofrem as consequências da falta de alimentos, enquanto na Etiópia se vive a pior seca dos últimos 30 anos: oito milhões de pessoas correm risco de fome e 350 mil crianças necessitam de apoio nutricional.

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