"Temos obrigação de não desaproveitar nenhuma oportunidade para recuperar direitos"

Rita Rato diz que "derrota do PSD e do CDS" nas legislativas significa também "uma vitória da Constituição"
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O PCP considera que a "nova fase da vida política nacional", "com o afastamento do governo PSD-CDS e com a nova correlação de forças na Assembleia da República," não deixa de dar à maioria de esquerda uma responsabilidade acrescida. Essa foi a mensagem que a deputada Rita Rato deixou esta segunda-feira, no Parlamento, dizendo aos parceiros de esquerda: "Temos a obrigação de não desaproveitar nenhuma oportunidade para recuperar dignidade e direitos".

Para a bancada comunista, "a derrota do PSD e do CDS" nas legislativas de 4 de outubro do ano passado e "o seu afastamento do poder" traduz também "uma vitória da Constituição no caminho da reposição de valores essenciais que a política de direita tão profundamente desprezou".

Sempre ancorada na Lei Fundamental, Rita Rato criticou "o ataque de direitos e princípios" que nela estão inscritos por parte do executivo liderado por Pedro Passos Coelho, que, no entender dos comunistas, teve reflexo no "empobrecimento da vida de milhares de portugueses e do próprio regime democrático".

Mas na sessão de comemoração do 42.º aniversário da Revolução dos Cravos, o PCP não deixou de recordar o seu caderno de encargos. Rita Rato voltou a sinalizar a oposição do partido aos blocos militares - a integração da NATO continua a ser uma linha que divide comunistas e socialistas -, mas também avisou que o partido liderado por Jerónimo de Sousa não desiste da recuperação de "instrumentos indispensáveis ao desenvolvimento" do país, nomeadamente orçamentais e monetários. Traduzindo: Tratado Orçamental e euro.

E ainda condenou "veementemente" as "tentativas deliberadas" vindas de Bruxelas de impedir a "recuperação de direitos e rendimentos, como ainda recentemente, a chantagem para não aumentar o salário mínimo nacional".

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