"Vai sair um despacho nos próximos dias para aumentar capacidade das creches. Muitas das pessoas [refugiadas] que chegam são mães com crianças e, quando são pequenas, têm de ir para creches. Por isso, vamos aumentar nossa capacidade em creche", disse a vice-presidente Catarina Marcelino..Presente em Leiria para a assinatura de um protocolo entre o Instituto da Segurança Social e a AMITEI - Associação de Solidariedade Social de Marrazes, Catarina Marcelino afirmou que já deram entrada mais de 26 mil pedidos de proteção temporária e "Leiria é dos distritos com maior pedidos".."Além do acolhimento dos refugiados, quisemos garantir que as pessoas que chegassem tinham um teto, comida e alguém que as ajudasse. Desde o início que a Segurança Social e o ACM [Alto Comissariado para as Migrações] criaram uma mini rede no país, que garante, com estes espaços coletivos, a resposta para 500 pessoas que chegam e que não têm uma resposta de imediato", explicou..Catarina Marcelino adiantou que os passos seguintes passam por integrar as crianças e jovens nas creches e nas escolas e encontrar empregos "para que possam ter autonomia e seguir as suas vidas".."A comunidade empresarial já ofereceu mais de 27 mil postos de trabalho", informou..Os pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros a viverem na Ucrânia desde o início da invasão russa concedidos por Portugal subiram para 26.950, segundo dados esta segunda-feira revelados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)..O SEF adianta ainda que 9.558 são menores..A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior..A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos..A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia..A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.