Organização dos Estados Americanos saúda presos políticos libertados

Governo venezuelano libertou ontem 36 presos políticos
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, enviou hoje "um abraço" aos "presos políticos" libertados na Venezuela e expressou apoio "a todos aqueles que esperam o fim da injusta e infame prisão política".

"Um abraço aos presos políticos que voltam às suas famílias, isso vale mais do que 10 ilegítimas ANC", escreveu Luis Almagro na sua conta na rede social Twitter após a libertação de 36 "presos políticos", na sequência de uma recomendação da Comissão da Verdade, órgão criado pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, para libertar pessoas detidas durante protestos antigovernamentais.

"O meu coração também está com aqueles que esperam o fim de sua injusta e infame prisão política", acrescentou o secretário-geral da OEA.

A Comissão da Verdade, liderada por Delcy Rodríguez, recomendou no sábado à Justiça venezuelana medidas substitutivas à prisão (trabalho comunitário, entre outros) para "mais de 80 pessoas" presas por atos relacionados com os protestos antigovernamentais de 2014 e 2017, que deixaram mais de 150 mortos entre apoiantes do Governo e, em maior número, de opositores.

O Ministério Público, através do seu responsável, Tarek Saab, informou que se concretizaram medidas para 69 cidadãos.

Segundo a organização não-governamental Fórum Penal, na primeira hora de hoje haviam saído da prisão 36 "presos políticos".

Em dezembro do ano passado, numa carta dirigida à Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e vice-presidente da Comissão Europeia, a italiana Federica Mogherini, o Parlamento Europeu (PE) pedia esclarecimentos sobre a situação de um grupo de presos políticos na Venezuela com vínculo europeu, nomeadamente luso-venezuelanos.

A OEA integra países como Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.

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