Em 1993, os jornalistas que faziam a cobertura dos trabalhos parlamentares manifestaram-se contra o novo regulamento de acesso, circulação e permanência aprovado pelo presidente da Assembleia da República de então, Barbosa de Melo. Como forma de protesto, decidiram deixar de fazer a cobertura noticiosa da atividade parlamentar. "Imprensa silencia atividades da AR", lia-se na edição de 24 de março do DN sobre o bloqueio da imprensa que viria a durar um mês..A poucas semanas das comemorações do 25 de Abril, os jornalistas e vários diretores de órgãos de comunicação social uniram-se contra as restrições de circulação nos corredores da AR. Estávamos no segundo mandato de Cavaco Silva como primeiro-ministro. ."Jornalistas impedidos do livre acesso às fontes de informação no Parlamento decidem não dar cobertura da atividade política de São Bento", informa o DN na primeira página sobre o episódio que ficou conhecido como a "guerra dos corredores"..O jornal junta-se desta forma a outros órgãos de comunicação social e suspende a cobertura noticiosa sobre o que acontecia no Parlamento, considerando a direção do DN que o regulamento de acesso, circulação e permanência nas instalações da AR era um "instrumento arbitrário violador do direito de informar". E que as novas regras "limitavam claramente o acesso às fontes de informação".