Dois anos depois de aterrorizarem a indústria da televisão, os zombies regressam hoje a Portugal, com a estreia da terceira temporada de The Walking Dead, na Fox, às 22.20. A série, fenómeno de audiências em 122 países, promete pisar o risco e surpreender, segundo explicou ao DN, Gale Anne Hurd, produtora executiva do formato.."Podem esperar perspetivas e abordagens mais abrangentes na trama, novas personagens que vão dar que falar, trabalhos impecáveis de caracterização e histórias com reviravoltas que ninguém vai imaginar. É a temporada mais complexa", diz a produtora, responsável pela produção de clássicos como Alien, Extreminador Implacável ou Armageddon..Sobre o sucesso inegável da série, protagonizada por Andrew Lincoln e Sarah Wayne Callies, cuja trama se desenrola nesta terceira temporada numa prisão, a produtora executiva confessa que nunca esperou este nível de popularidade e que até sentiu preconceito sobre a temática da série.."Nunca imaginei este sucesso. No início, quando estávamos a vender o produto, havia muita apreensão. Diziam-me 'Ah, é uma série de zombies... ninguém gosta disso'. A AMC [canal que exibe nos EUA] e a Fox International [distribuidora para o mundo] tiveram a inteligência de dizer: 'Não, isto não é uma série sobre zombies. É uma série em que existem zombies'. Aposto que muitos dos que disseram que não, hoje, veem a série e recomendam-na a amigos e familiares.".Ao longo de dois anos, a vasta equipa responsável por The Walking Dead já se tornou uma família. "São as pessoas mais entusiasmadas, talentosas, trabalhadoras e empenhadas com que já trabalhei. E olhe que já faço isto há 35 anos! (risos) Não só são profissionais, são excelentes seres humanos, são um pilar. Somos como uma família. Aliás, chamamo-nos de família. E, para ser sincera, isso transparece na série", adianta Hurd..Com 200 milhões de espectadores no mundo e doze milhões de seguidores nas redes sociais, o feedback deixa, muitas vezes, a equipa da série surpreendida. "Dizem o que gostam, o que não gostam. A dedicação deles é comovente, preocupam-se verdadeiramente com a série. Muitos deles vivem para a série! (risos) Admiro e aplaudo isso e só tenho de os respeitar", conta a produtora..Sobre uma quarta temporada de The Walking Dead, prefere não se precipitar. "Isso é uma decisão da estação. Mas se o público continuar a ver a série, as hipóteses são favoráveis", conta, entre risos..A avaliar pelos dez milhões de norte-americanos que, no domingo, viram o primeiro episódio da temporada [a melhor audiência de sempre da série], parece certo dizer que para o ano há mais.