'Floribela' é a Cinderela moderna da nova novela da SIC

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São muitos os segredos que a nova novela portuguesa da SIC encerra ainda, muitas as incógnitas que rodeiam os 170 episódios (iniciais) que irão crescer junto do público português de segunda a sexta-feira. Mas já está encontrado o nome, Floribela, numa espécie de "colagem" ao conto mágico da Cinderela. E está escolhida a protagonista, Luciana Abreu, a viver um sonho de infância à medida que a sua personagem conta a história. Faz a história.

"Tudo, em cada episódio, vai girar em torno de Floribela. Ela move--se, interage e a vida das outras pessoas muda com isso. É verdadeiramente ela a história", adianta a directora de ficção da SIC, Teresa Guilherme, garantindo que tal como "a Cinderela só tem de perder o sapatinho para casar com o príncipe, também tudo irá cair do céu à nossa Floribela". Basta-lhe ser ela própria, "doce, mas bem capaz de tomar conta de si". Ágil na forma como se movimenta pelos cenários na sua bicicleta rosa, fazendo a ponte entre heróis e vilões, ricos e pobres.

Por agora, e enquanto as gravações em estúdio vão decorrendo em simultâneo, a emoção maior passa pelo Largo de S. Lucas e pela Rua Padre Afonso, na localidade de Freiria (próxima da Malveira). Foi esse o local escolhido para dar forma à cidade cenográfica que representa Lisboa. Esses os espaços, apresentados ontem aos jornalistas pela direcção e a produção da novela, que deixaram temporariamente de existir para dar lugar à Praça dos Amores Perfeitos e à Travessa dos Beijos.

Cores de rua

"O formato original (argentino) já contemplava uma percentagem invulgarmente grande de exteriores e decidimos apostar também nas cenas de rua, para manter o movimento e a cor", explica Teresa Guilherme, considerando que a opção por "cerca de 30% de exteriores" serve perfeitamente a adaptação de Floribela à realidade portuguesa. "A cor, aqui, é essencial. Tínhamos que mantê-la", reforça a produtora.

Essa a razão por que foram retocadas e pintadas muitas das fachadas do largo central, plantados mil pés de amores-perfeitos, iluminadas as ruas. Depois, há o barracão graffitado de flores onde os amigos se encontram todos os dias. O cabeleireiro da excêntrica Cristina Seixas, versada em cortes de cabelo e tarot. O café-livraria Chá de Letras, domínio de Pascoal Monteiro. A florista e a mercearia. O mecânico onde Floribela vai consertar a bicicleta.

"Acima de tudo, a nossa novela fala das coisas bonitas da vida, leva as pessoas a concentrarem-se num lado delas próprias que tendem a esquecer. É universal e intemporal nesse sentido", afirma Teresa Guilherme, justificando assim a escolha para o horário-nobre (ainda incerto) de segunda a sexta.

O director de programas da estação de Carnaxide Francisco Penim corrobora "a grande aposta" na primeira grande produção do género da SIC: "A história é mágica, vai certamente encantar o público. E se esperamos que o impacto seja grande por si só, porque o produto é bom, também é certo que Floribela é apenas mais um passo numa maratona que começou há pouco. Para continuar", remata.

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