'50 Sombras de Grey' estreia perante a curiosidade e entusiasmo dos portugueses

A sala de 400 lugares nos cinemas do El Corte Inglés em Lisboa estava em grande parte vazia esta quinta-feira à tarde para a estreia em sala de 50 Sombras de Grey na sessão das 14 horas. No entanto, até ao final da próxima semana já há 60 mil bilhetes vendidos para ver o filme baseado no best seller de E.L. James, que chega agora a Portugal.

Trata-se de um fenómeno raramente visto, conforme conta ao DN o diretor dos cinemas UCI, Nuno Sousa. Para encontrar algo semelhante, "teria que recuar ao segundo Matrix, ou talvez ao regresso da saga Star Wars em 1999", diz o diretor. Acrescenta que os bilhetes para as sessões do Dia dos Namorados até já estiveram esgotados nos cinemas UCI, mas foram abertos mais lugares pelo que voltam a estar disponíveis.

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"Li os livros e adorei", afirma Carolina Valério, de 20 anos, com o bilhete preto e cinzento na mão que tem inscrita a palavra "Curiosa?". Carolina, que veio com duas amigas à sessão, espera que o filme seja ainda melhor do que o livro, apesar de antever muitas diferenças. E embora inicialmente estivesse de pé atrás com a escolha de Jamie Dornan para representar o protagonista de Christian Grey, agora tem outra opinião sobre os atores: "Adoro".

Nuno Sousa, dos cinemas UCI, descreve 50 Sombras de Grey como "um fenómeno literário que se tornou num fenómeno social". E perante os números inéditos de pré-venda de bilhetes em Portugal, afirma que quando esses fenómenos chegam ao cinema são catapultados para uma dimensão ainda maior. No Porto, cada sessão da UCI de 50 Sombras de Grey acomoda 1200 pessoas, e foi lá que os bilhetes esgotaram mais rapidamente.

Foi essa mediatização dos livros e do filme que trouxe Aurora Henriques à sessão de estreia com o marido e a filha. Aurora não leu os livros, mas o "circo" à volta do filme despertou-lhe a curiosidade. E a natureza erótica do filme não a incomoda. "Já vi filmes eróticos antes, embora não tenha o hábito. Não é nada que me faça confusão", diz ao DN, já dentro da sala de cinema. Acrescenta ainda que outro motivo da sua curiosidade é o mobiliário português que surge em destaque no filme.