Podia ter sido o selecionador de Portugal no Euro 2004, até antes. "Finalmente", "até que enfim" ou "estava escrito" foi o que pensou enquanto assinava o contrato?.Dizem que não há duas sem três e que à terceira é de vez. Por três vezes estive para ser selecionador e por três vezes não aconteceu. Por isso, o mais certo era eu ter pensado que "não estava escrito"..Que balanço pessoal faz destes três meses?.Muito bons, desde logo pela emoção de estar a representar o meu país. Há um lado sentimental que se mistura com o profissional e que até o ultrapassa..É um homem paciente?.Não creio. A paciência não está muito presente no meu ADN. É verdade que já em 96 ou em 97 surgiu a oportunidade de ocupar o cargo. Não foi o momento certo, mas não fiquei à espera de um próximo..A seleção chega no tempo certo?.Para fazer uma análise teria de comparar fases, equipas, jogadores, classificações. Em 2004, por exemplo, o apuramento foi automático, havia a vantagem de jogar em casa, mas nem assim é justo comparar. Este foi o momento em que os dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) entenderam fazer um convite e que eu pude aceitar. Logo, este é o momento certo..Continua sem ter agente?.Sim, continuo sem agente. .Porquê? .A carreira foi acontecendo de forma natural, com algumas coincidências mas com muito trabalho. E assim, sem empresário, cheguei ao FC Porto. Não era de facto figura que me agradasse, até pelo nome. Depois do FC Porto fui contactado por vários, acabei por ir para a Grécia através de um ex-jogador meu e lá nunca tive necessidade. Nada me move contra os agentes mas assim sinto-me mais liberto. No futuro não sei. Se voltasse atrás, talvez repensasse..Que marca gostava de deixar na seleção?.Um título. E acredito que esse objetivo é possível..Leia a entrevista completa na edição impressa ou no e-paper do DN