O ex-deputado do PSD Maló de Abreu anunciou esta sexta-feira que desistiu de integrar as listas do Chega às legislativas de 10 de março, na sequência da polémica com a sua residência em Luanda.."Comuniquei a quem de direito que não integrarei as listas do Chega, nem serei candidato a deputado. Porque sou um homem livre e dono do meu destino", sublinha Maló de Abreu numa declaração escrita enviada à agência Lusa..A decisão surge na sequência da polémica criada após uma notícia da revista Sábado, segundo a qual Maló de Abreu (que passou recentemente a deputado não inscrito depois de ter saído do PSD) recebeu cerca de 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo por ter declarado residência em Luanda..A Sábado noticiou que, apesar de ter residência em Luanda, Maló de Abreu viveu "maioritariamente entre Lisboa e Coimbra" ao longo desta legislatura..Na missiva, enviada à Lusa, Maló de Abreu assegura que a sua vida "passou e passará por Luanda", rejeitando ter recebido quaisquer subsídios abusivamente..Já o presidente do Chega indicou ter transmitido a António Maló de Abreu que "já não havia condições" para continuar nas listas de candidatos e que "ele aceitou"..Questionado sobre a posição de Maló de Abreu que se tratou de uma decisão pessoal, André Ventura respondeu: "Houve consenso, ele já sabia da minha decisão", disse à Lusa..No dia 10, Maló de Abreu informou o secretário-geral do PSD que deixava o partido e transmitiu ao presidente do grupo parlamentar social-democrata que passaria à qualidade de deputado não inscrito até ao final da legislatura..Dez dias depois, foi anunciado por André Ventura como cabeça de lista do Chega às legislativas pelo círculo fora da Europa.