O primeiro-ministro falou ao lado de duas ministras, dos chefes das polícias e do secretário-geral-Adjunto do Sistema de Segurança Interna.
O primeiro-ministro falou ao lado de duas ministras, dos chefes das polícias e do secretário-geral-Adjunto do Sistema de Segurança Interna.FOTO: Leonardo Negrão

Montenegro anuncia ao país... novos veículos para PSP e GNR

Em conferência “feita para tranquilizar”, primeiro-ministro juntou todos os responsáveis pela segurança para reiterar: “Portugal é um país seguro.”
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A “comunicação ao país” que Luís Montenegro, primeiro-ministro, anunciou que iria fazer pelas 20.00 horas, ao lado de duas ministras (Justiça e Administração Interna), dos diretores das polícias, do comandante-nacional da GNR e do secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna (SSI), serviu para fazer um balanço   das operações de segurança interna, enaltecer o trabalho das autoridades e anunciar um reforço de meios para as forças de segurança.

Na conferência de imprensa, que disse ser “feita para tranquilizar o país” (apesar do horário nobre em que aconteceu e que Luís Montenegro justificou por “motivos de agenda”), o primeiro-ministro fez um primeiro balanço da operação Portugal Sempre Seguro, em curso desde dia 4 de novembro, dizendo que foram feitas “mais de 170 operações, que envolveram mais de quatro mil efetivos, tendo sido fiscalizadas mais de sete mil pessoas e mais de 10 mil veículos automóveis”, referindo que foram levantados mais de dois mil autos de contraordenação, feitas “diversas apreensões” e desmanteladas “duas redes criminosas” de tráfico de pessoas e de imigração ilegal. Desde o dia 17 de outubro, a Polícia Judiciária já deteve oito pessoas suspeitas destes crimes.

Na declaração, Luís Montenegro anunciou ainda “mais de 20 milhões de euros” para que PSP e GNR comprem “mais de 600 veículos” - a autorização de despesa será aprovada, hoje, em reunião de Conselho de Ministros.

Questionado sobre a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao bairro da Cova da Moura (onde Odair Moniz foi morto no passado dia 21 de outubro e onde o Presidente da República almoçou esta quarta-feira com o seu homólogo cabo-verdiano), Luís Montenegro afirmou que o Governo está “no terreno todos os dias” e visita “todas as áreas de intervenção da atividade”.

Já sobre os bairros e zonas onde houve distúrbios após a morte de Odair Moniz, o primeiro-ministro disse que o Executivo se reuniu com os autarcas das zonas afetadas e com as associações de moradores. “Não teremos nenhum problema em estar no terreno quando tivermos de estar no terreno, mas estamos junto das pessoas”, afirmou.

A conferência de imprensa de Luís Montenegro aconteceu no dia em que uma operação da Polícia Judiciária (PJ) deteve três suspeitos por fortes indícios de envolvimento no ataque a um motorista de autocarro no dia 24 de outubro (ver págs. 4-5). Questionado sobre a segurança no país, o primeiro-ministro reiterou - como já fizera noutras ocasiões - que “Portugal é um país seguro”, mas, ainda assim, não se podem deixar crescer “sentimentos de insegurança, fenómenos criminais graves”.

Pedro Nuno Santos, ao saber que o PM iria falar de matérias de segurança, acusou de imeditao Montenegro de estar a disputar o discurso securitário com o Chega, reiterando a segurança do país. Já André Ventura, numa reação aos anúncios de Montenegro, numa mensagem na rede social X, considerou que, “depois de negar e fingir” que não há insegurança em Portugal, o primeiro-ministro “parece ter percebido” que são necessários “mais meios para as polícias”.

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