Dois detidos no Martim Moniz ficam em prisão preventiva. PSP diz que "foi respeitada a dignidade de todos"
A Polícia de Segurança Pública (PSP) assegura que “foi respeitada a dignidade de todos” na operação levada a cabo esta quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, e na qual “os objetivos foram atingidos”.
A operação, coordenada com o Ministério Público, “surgiu na sequência de denúncias de ocorrências com armas brancas”. “A 31 de maio tivemos homicídio com recurso a arma branca naquela artéria e neste fim de semana o apedrejamento de carro patrulha”, afirmou esta sexta-feira em conferência de impensa o superintendente Luís Elias, que diz que a revista no espaço público “visou a segurança dos agentes no local”.
A operação preventiva, uma das 90 do género levadas a cabo este ano, resultou em duas detenções. Os detidos foram colocados em prisão preventiva.
O subintendente Rui Costa, da Divisão de Investigação Criminal, disse que a operação desta quinta-feira “foi o resultado de uma operação que começou a ser preparada há alguns meses”. “Verificámos a incidência de crimes à quinta-feira. Operação foi levada a cabo com base na lei das armas e decorreu sem qualquer incidente”, explicou.
A PSP não confirmou se houve uma indicação do Governo para intensificar este tipo de operações.
Uma operação policial na quinta-feira, no Martim Moniz, resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de quase 4.000 euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.
O enorme aparato policial na zona, onde moram e trabalham muitos imigrantes, levou à circulação de imagens nas redes sociais em que se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento.