PSP reforça ações nos comboios de Sintra e Cascais

Na semana passada, agressões a um revisor e cenas de pancadaria em Campolide levaram polícia a antecipar ações de verão
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Dois incidentes registados nesta semana na Linha de Sintra e na estação de Campolide, em Lisboa, levaram a PSP a antecipar a operação Verão Seguro, a qual prevê um reforço na vigilância nos comboios nas linhas de Sintra e de Cascais. Em declarações ao DN, o comissário Sérgio Soares, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa, confirmou a antecipação da PSP: "Aumentamos essa vigilância ainda antes da operação Verão Seguro por causa disso. Temos reforço de agentes nos comboios e nas estações. Este reforço tem que ver com o aumento de grupos de jovens oriundos de zonas mais complicadas."

Nesta semana, na terça-feira, um revisor da CP foi brutalmente agredido por 30 jovens à estação da Damaia, na Amadora. O homem, com cerca de 40 anos, teve de ser transportado para o hospital Amadora-Sintra, onde recebeu tratamento médico. Na terça-feira, dois grupos de jovens ter-se-ão envolvido em agressões na estação de Campolide, provocando pânico entre os utentes. Não querendo abordar os dois casos concretos, o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa declarou: "Melhorou o tempo, acabaram as aulas, a temperatura aumentou, há um fluxo maior de pessoas para as praias de Cascais e Oeiras. PSP já está a reforçar o policiamento nos concelhos de Cascais e Oeiras. A polícia dará mais atenção à Linha Cais do Sodré-Cascais e Linha de Sintra, já que desta última área vem muita gente de zonas urbanas sensíveis."

Entretanto, e após o incidente com o revisor, administração da CP solicitou uma reunião com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, com carácter de urgência, para que sejam tomadas medidas que garantam a segurança de clientes e trabalhadores da empresa.

Em comunicado, a administração liderada por Manuel Queiró afirmou ter tomado conhecimento, "com muita preocupação, da agressão ocorrida na Damaia, a um revisor da empresa que se encontrava no exercício das suas funções". A administração da CP sublinha que "esta agressão revestiu-se de particular gravidade, pela sua dimensão e violência, tendo este trabalhador da CP sido assistido por equipa do INEM no local e, posteriormente, no hospital".

A administração da CP recordou que os serviços urbanos da empresa em Lisboa asseguram anualmente o transporte de mais de 75 milhões de passageiros, "sendo que, no período de verão se registam naturais picos de procura".

"Este incremento de procura suscita, da parte da empresa, acréscimo significativo das medidas de segurança de pessoas e bens, neste período e nas zonas identificadas como mais críticas, tanto no contingente de equipas de segurança privada presentes em diversos pontos da rede como na articulação com as forças de segurança pública. Para 2016, estes procedimentos foram também seguidos", disse ainda a empresa.

"No entanto, face a este caso extremo, a administração da CP solicitou já uma audiência ao Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, com carácter de urgência, para que sejam tomadas as medidas adequadas", referiu ainda a administração de Manuel Queiró.

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