O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lança hoje em Bragança, em colaboração com a Ciência Viva, os Laboratórios de Participação Pública, uma iniciativa que visa envolver as regiões e as populações no debate público sobre as políticas científicas e a definição da agenda da ciência e da inovação para a criação de maior desenvolvimento local..Esta é a primeira de uma série de parcerias idênticas que vão estender-se a outras regiões do país, com o mesmo objetivo de base..Designado "Nordeste Transmontano: uma região com conhecimento", este primeiro Laboratório de Participação Pública envolve o Instituto Politécnico de Bragança, a câmara municipal local e a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes. O primeiro debate público no âmbito da iniciativa decorre hoje a partir das 21.00 no Teatro Municipal de Bragança. É aberto a todos e o objetivo é discutir desde já os desafios e as oportunidades que se abrem com esta nova parceria..Em debate vão estar, entre outras, questões como a da possibilidade de potenciar as sinergias entre o ensino superior local e a gastronomia e empresas agroalimentares e turísticas da região, o desafio de se encontrarem novas formas de promoção do conhecimento associado a essas áreas, a possibilidade de se tirar partido da geologia e da biodiversidade da região, ou ainda a hipótese de criação de um laboratório de inovação industrial ou de tecnologias da saúde na região, em estreita colaboração com o Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança.."Propomos uma reflexão participada para o Nordeste Transmontano", aprofundando o conhecimento atual de forma a "sustentar o desenvolvimento de uma nova plataforma de colaboração em I&D, para a capacitação académica, científica, tecnológica e empresarial para a região, num cenário temporal de 15 anos", lê-se no documento de apresentação do Laboratório de participação Pública que hoje vai ser lançado e discutido na capital transmontana..Entre as propostas que vão estar para discussão, além das já referidas, será equacionada a criação de uma rede de conhecimento, que envolverá museus, escolas e investigadores e agentes culturais locais e na diáspora.