Fogo em Vila de Rei está "descontrolado". Em Mação, aldeia foi evacuada

Autarcas alertam para situações dramáticas
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O incêndio que deflagrou terça-feira à noite em Água Formosa, Vila de Rei, mantinha uma frente ativa pelas 14:30 e lavrava com muita intensidade e muitas projeções, tendo o vice-presidente da Câmara afirmado que "está novamente descontrolado".

"O fogo está novamente descontrolado e a lavrar em dois setores com muita intensidade e com muitas projeções devido ao vento, sendo que, um deles, segue em direção à aldeia de Borda da Ribeira, para uma parte que já ardeu e outro setor está a seguir em direção à aldeia de Lousa", disse à Lusa, o vice-presidente daquela autarquia do distrito de Castelo Branco que confina com o vizinho município de Mação, já em Santarém, e para onde o fogo alastrou na terça-feira à noite.

Paulo César, que falava à Lusa a partir da aldeia de Lousa, disse que "ainda não foram evacuadas mais aldeias", tendo referido, no entanto, que já deu instruções para "retirar duas pessoas daquela aldeia por motivos de precaução".

A meio da manhã, cerca das 11:00, o Comandante Operacional Municipal de Proteção Civil (COMPC) de Vila de Rei, Sérgio Francisco, havia referido que o incêndio mantinha-se "ativo", mas "a ceder aos meios de combate no terreno", não apresentando risco para as populações. Vila de Rei tem o plano de emergência municipal ativo desde domingo e já foram evacuadas 15 aldeias e retirados 112 habitantes. A ANPC diz que, pelas 14:30, estavam 373 operacionais e 123 meios terrestres.

Já o incêndio que lavra em Mação, distrito de Santarém, estava a evoluir "de forma muito violenta e completamente descontrolada" cerca das 15:00, uma "situação dramática" que obrigou à evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa. De acordo com o Jornal de Notícias, a aldeia de Louriceira está também "rodeada pelas chamas" e, de acordo com o autarca Vasco Estrela, dois bombeiros sofreram ferimentos ligeiros. Na mesma aldeia, "arderam várias casas devolutas, mas não houve danos humanos", disse à agência Lusa o vereador Vasco Marques.

"A situação é dramática, ainda chegou a acalmar durante a manhã mas agora as chamas estão completamente descontroladas e decidimos iniciar o processo de evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa, levando as pessoas para a Santa Casa da Misericórdia de Mação", disse à agência Lusa, cerca das 15:00, o presidente da autarquia.

Em Mação, distrito de Santarém, estava a evoluir "de forma muito violenta e completamente descontrolada" cerca das 15:00, uma "situação dramática" que obrigou à evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa.

"A situação é dramática, ainda chegou a acalmar durante a manhã mas agora as chamas estão completamente descontroladas e decidimos iniciar o processo de evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa, levando as pessoas para a Santa Casa da Misericórdia de Mação", disse à agência Lusa, cerca das 15:00, o presidente da autarquia, Vasco Estrela.

"É dramático, o vento vai levantar-se durante a tarde e o fogo está a dirigir-se para a aldeia de Aboboreira e para a vila de Mação e os meios de combate no terreno são insuficientes para resolver esta situação", disse o autarca.

Vasco Estrela criticou ainda a atuação da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), afirmando não ver "em Mação o número de meios aéreos que estão indicados na página [13 meios aéreos, cerca das 15:00, segundo o site da ANPC]".

"Alguma coisa está a correr mal", criticou o autarca, acrescentando que, "numa hora crítica, estiveram mais de uma hora sem qualquer meio aéreo".

O incêndio de Mação é proveniente de Vila de Rei e deflagrou em Aboboreira às 00:01, segundo a página da ANPC.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, cerca das 15:45, estavam no terreno 310 operacionais, apoiados por 88 meios terrestres e 13 meios aéreos.

De acordo com a mesma página, estavam várias estradas cortadas, nomeadamente a EN 244-3, entre Louriceira e Serra, a EM 1284, entre Chão Codes e Vila de Rei, a EM 548, entre Chão de Codes e Aboboreira, e os Caminhos Municipais (CM) 1284, 75, e 1285.

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