Uma Presidência 'simplex' sem a tentação de governar

Marcelo afirma que "o Presidente não governa" e promete estilo de "simplicidade" em Belém
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Caso seja eleito, Marcelo Rebelo de Sousa quer criar uma espécie de Presidência 'simplex'. Numa sessão pública esta tarde em Aveiro, o candidato recomendado por PSD e CDS defendeu que "os próximos cinco anos pedem uma presidência simples, clara, compreensível nas ideias e na explicação dessas ideias".

O candidato disse mesmo que o "estilo de simplicidade" da sua campanha é o que pretende aplicar em Belém, reiterando que quer ser um Presidente "mais próximo dos portugueses". Marcelo rejeita estar a fugir da discussão política, uma vez que "não há nada de mais político de que discutir e ouvir os problemas dos portugueses".

O candidato diz ainda que não cederá à tentação de ser contra-poder, limitando-se à Constituição que, como recorda, consagra "um Presidente que não seja parlamentarista, nem presidencialista, que seja semi-presidencial". Marcelo voltou a insistir que "o presidente não governa e não se substitui a outros órgãos de soberania".

O candidato agradeceu ainda aos eleitores da sua "área de pensamento", pois "souberam perceber que o papel do Presidente é ser imparcial" e que "um candidato a Presidente não é um candidato a líder partidário".

Antes de chegar à sessão pública, Marcelo cruzou-se ainda com um lesado do Banif, que em lágrimas lamentou: "Perdi tudo". O candidato aconselhou-o a tentar provar que foi enganado e a procurar uma associação, como os lesados do BES, que o ajude a recuperar o dinheiro em tribunal, já que a ação coletiva tem mais hipóteses de sucesso.

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