"Como compreende eu não posso comentar um relatório que não conheço. O relatório é secreto, é dos serviços de informações, há notícias sobre o relatório, mas nós não conhecemos o relatório. Sobre essa matéria não posso dizer absolutamente nada", respondeu Catarina Martins aos jornalistas durante uma ação de campanha autárquica em Amarante, distrito do Porto..O BE continua, de acordo com a líder, "a aguardar esclarecimentos cabais do Governo" e insiste que "todas as consequências devem ser retiradas", até porque "ainda está muito por esclarecer"..A edição de hoje do semanário "Expresso" noticia em manchete um "Relatório das secretas sobre Tancos" que "arrasa ministro e militares", no qual, de acordo com o jornal, se pode ler que a gestão do titular da pasta da Defesa, Azeredo Lopes, foi de "ligeireza, quase imprudente" e que o General Rovisco Duarte, Chefe do Estado-Maior do Exército, assumiu a responsabilidade mas "não terá tirado consequências"..Outro tema de atualidade sobre o qual foi questionada Catarina Martins prende-se com o conflito na saúde, depois de, na sexta-feira, os sindicatos médicos terem anunciado que vão realizar greves rotativas por regiões em outubro e uma paralisação nacional em novembro.."Nós temos dito que é preciso encontrar soluções para o que se está a passar no Serviço Nacional de Saúde (SNS). É preciso um compromisso pela saúde que reforce o SNS, que dote o SNS dos meios técnicos que precisa, mas também dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos que são essenciais", defendeu..Para isso, de acordo com a coordenadora do BE, "é preciso respeitar as suas carreiras, resolver os prolemas das horas extraordinárias".."Hoje mesmo, no Porto, estaremos num comício em que a questão da saúde será, seguramente, uma das questões que iremos abordar porque acho que há trabalhos novos que estão a ser feitos nesta área que o Bloco valoriza imenso", adiantou ainda..Na terça-feira, ouvido num debate de atualidade na Assembleia da República sobre o caso do material militar de Tancos, o ministro da Defesa revelou que foram abertos três processos disciplinares no Exército e que no dia 14 começou o esvaziamento dos paióis, com a colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR)..Azeredo Lopes sustentou que o Governo "fez o que devia ser feito e num tempo muito curto", sem responder a perguntas dos deputados para que esclarecesse a afirmação, feita em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, de que, "no limite, pode não ter havido furto nenhum" em Tancos, aludindo à ausência de provas..Face às perguntas dos deputados do PSD e do CDS-PP sobre "o que se sabe e o que não se sabe" relativamente ao "furto de material militar" em Tancos, o ministro insistiu que "são do domínio da autoridade judiciária competente", salientando que "o inquérito se encontra em segredo de justiça".