Se for Presidente, Marcelo vai "ser discreto para ser eficaz"
Marcelo Rebelo de Sousa encerrou esta noite a campanha em Celorico de Basto, aproveitando para deixar um aviso à navegação sobre o que esperar da sua Presidência. Caso seja eleito Presidente, o seu papel "vai ter de ser muitas vezes discreto para poder ser eficaz, renunciando a intervenções públicas que sejam mais fatores de perturbação do que de acalmia". Ou seja: Marcelo vai gerir os silêncios.
Terminando a campanha perto das onze da noite na terra da sua falecida avó Joaquina, Marcelo contou que - quando há três meses iniciou a caminhada para Belém - chegou sozinho, mas nunca se sentiu assim neste percurso: "Nunca estive isolado. Nunca estive sozinho."
Para o autointitulado candidato "da esquerda da direita", apesar da confiança, nada está resolvido, pois "o povo é quem mais ordena, diz a canção, e portanto vai ser o povo a decidir nos próximos dias". Porém, acrescenta - em mais uma menção à sua campanha "diferente" - "já muita coisa mudou, com uma campanha com poucos custos e proximidade das pessoas". Voltou ainda a dirigir-se aos indecisos.
O rumo definido no início da campanha, lembrou Marcelo, "não mudou um milímetro", numa candidatura que "começou com uma pessoa, depois duas, depois três, até chegar aos dois carros com que percorremos o país".
Marcelo disse que, ao longo da campanha, fez um "esforço constante de pedagogia" e que, apesar de "apetecível" resistiu a não responder sobre várias matérias na educação, saúde e finanças para não "diminuir o espaço de intervenção [como Presidente] no futuro".