Paulo Morais e Marisa Matias divergem sobre dissolução do Parlamento

Candidata apoiada pelo Bloco defende que não basta "conflito político" para usar a bomba atómica. Morais avisa que demite primeiro-ministro se não cumprir promessas eleitorais
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O candidato presidencial Paulo Morais avisou este sábado que demite o primeiro-ministro caso falhe as promessas eleitorais, mas a candidata Marisa Matias discordou por considerar que não basta um conflito político para dissolver o Parlamento.

Num debate na TVI24, Marisa Matias e Paulo Morais estiveram de acordo em temas como o veto ao Orçamento Retificativo, aprovado pela Assembleia da República em dezembro por causa do problema do Banif, o combate à corrupção ou a rejeição de parcerias público-privadas.

A discórdia surgiu quando Paulo Morais reiterou que demite o chefe do Governo - António Costa ou outro - caso as promessas eleitorais não sejam cumpridas, porque "ninguém tem direito de mentir aos eleitores".

Para o ex-vice-presidente da Câmara do Porto, "o voto não é a escolha de uma miss simpatia ou de um mister simpatia".

Marisa Matias contrapôs que "não basta um conflito político para demitir um Governo ou para dissolver uma Assembleia" da República.

A candidata apoiada pelo BE rejeitou que se viva "num clima de permanente instabilidade" e que os órgãos de soberania se atropelem, defendendo que não se pode "andar sempre com a bomba atómica [dissolução Parlamento] na mão a achar que ela pode ser detonada a qualquer momento".

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