Passos insiste que nunca convidou portugueses a emigrarem

Líder do PSD disse esta manhã: "Nunca convidei ninguém para procurar emprego noutros países".
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O líder da oposição Pedro Passos Coelho voltou esta manhã a justificar uma das marcas da sua legislatura, que foi a ideia de que mandou os portugueses emigrar. O presidente do PSD já reduziu várias vezes o uso desta expressão a mito urbano e hoje voltou a fazê-lo, dizendo: "Nunca convidei ninguém para procurar emprego noutros países".

Durante a visita à Escola Secundária Dr. Azevedo Neves na Amadora, Passos destacou que na altura "disse apenas que quem quiser ser professor e não tem colocação, deve procurar dentro do espaço dos países de Língua Oficial Portuguesa". Queixou-se depois de que a declaração, "como acontece na política", foi extrapolada.

Para o tira-teimas só mesmo recuando cinco anos. Na verdade, tudo começou numa entrevista ao Correio da Manhã. Na altura a pergunta já foi feita de uma forma bastante fechada ao então primeiro-ministro: "Nos professores excedentários, o senhor primeiro-ministro aconselhá-los-ia a abandonar a sua zona de conforto e procurarem emprego noutros sítios?".

Passos acabaria por responder nesse sentido: "Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de mão de obra qualificada e de professores. Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa".

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