O PAN quer que seja possível deduzir as despesas relacionadas com o acompanhamento de deficientes, criar um benefício fiscal para combater o desperdício alimentar e que a contribuição sobre os sacos de plástico se aplique a todos os sacos..O partido Pessoas-Animais-Natureza apresentou já uma série de alterações à proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), muitas das quais na área fiscal, de acordo com a página oficial da Assembleia da República, tendo os partidos até às 21:00 desta sexta-feira para submeter as suas propostas de alteração..No IRS, o PAN quer introduzir uma dedução das despesas com a contratação de pessoas para acompanhamento de pessoas com deficiência e propõe que seja possível deduzir 15% destas despesas até um limite global de 1.000 euros..O partido de André Silva quer também criar uma dedução à coleta em sede de IRS para as despesas com a aquisição de bicicletas, de veículos elétricos capacitados para o trânsito em vias rodoviárias, bem como para janelas de vidro duplo eficientes e painéis solares..Outra proposta de alteração do PAN prende-se com a criação de um benefício para incentivar as pessoas a substituírem o carro pelos transportes públicos, propondo a criação de um "regime de incentivo fiscal à destruição de automóveis ligeiros em fim de vida, traduzido na atribuição de um subsídio no montante de 3.600 euros destinado à aquisição do passe social para utilização de transportes coletivos", sendo que este subsídio deve resultar "diretamente na concessão do passe social, não sendo convertível em dinheiro"..Ainda quanto aos benefícios fiscais, o PAN pretende incentivar as empresas a reduzirem o desperdício alimentar, propondo que os donativos de bens alimentares sejam considerados gastos ou perdas do exercício no apuramento do lucro tributável das empresas..Em sede de IVA, o PAN quer que a compra de todos os equipamentos cuja utilização pelas pessoas com deficiência é indispensável passe a ser tributada pela taxa reduzida, que as despesas com atividades físicas (com ou sem instrutor, em ginásio ou ao ar livre) passem para a taxa intermédia, que a alimentação dos animais de companhia passe para a taxa intermédia, de 13%, e que os fertilizantes usados na agricultura (atualmente tributados a 6%) passem para a taxa intermédia até 2020 e para a taxa normal, de 23%, daí em diante..Quanto aos impostos especiais de consumo, o PAN quer acabar com a isenção atribuída aos produtos petrolíferos e energéticos que sejam utilizados na produção de eletricidade, de eletricidade e calor (cogeração), ou de gás de cidade, por entidades que desenvolvam tais atividades como sua atividade principal, uma medida com que o PAN estima um aumento de receita de 10 milhões de euros..Quanto ao adicional ao IMI, que na proposta original do Governo prevê a aplicação de uma taxa de 0,3% sobre a globalidade do património imobiliário a partir dos 600 mil euros de valor patrimonial tributário, o PAN quer que fiquem excluídos da medida também os prédios urbanos licenciados para a prestação de cuidados de saúde..O PAN propõe ainda que a contribuição de 0,08 euros sobre os sacos de plástico seja aplicada a todos os sacos de plástico e não apenas aos sacos leves como atualmente acontece.