O polémico brasileiro Jean Wyllys marca presença na rentrée do BE
O fórum "Socialismo 2016" será marcado pela presença do deputado federal pelo Rio de Janeiro Jean Wyllys, considerado o rosto político da comunidade LGBT e opositor daquilo que o deputado categorizou em entrevista ao DN de conservadorismo do parlamento brasileiro http://www.dn.pt/mundo/entrevista/interior/jean-wyllys-o-brasil-esta-na-contramao-do-planeta-4909451.html irá, juntamente, com a parlamentar Joana Mortágua, abrir o fórum sob o tema "Perspetivas da esquerda para o Brasil".
O encerramento será feito pela coordenadora do BE, Catarina Martins, no domingo, pelas 15:45.
A 'rentrée' política do BE, decorre nesta sexta-feira a domingo, em Santa Maria da Feira, estando programados cinco dezenas de debates sobre diversos temas, alguns relacionados com o próximo Orçamento do Estado.
O distrito de Aveiro volta a acolher a 'rentrée' dos bloquistas, que se reúnem na Escola Secundária de Santa Maria da Feira num tradicional formato de debate de ideias, com cinco dezenas de painéis com diferentes convidados, quer do partido quer independentes.
"Aquilo que queremos é que as pessoas, sejam ou não do Bloco de Esquerda, apareçam e participem. A entrada é livre, obviamente, e é aberto a toda a gente e nós queremos debater ideias com todas as pessoas porque precisamos de propostas para o país, a Europa e o mundo", explicou o deputado Moisés Ferreira.
A partir de sexta-feira, o BE debaterá "temas muito variados", alguns relacionados com o próximo Orçamento do Estado" sobre áreas como a ADSE, educação, direitos de trabalho, economia, sistema financeiro e a banca.
"Hoje temos um xadrez político diferente em Portugal, mas o BE está sempre com a mesma responsabilidade com que estava nos anos anteriores", assegurou Moisés Ferreira, acrescentando que a liberdade do partido se mantém e o partido não deixará cair nenhuma das áreas em que tinha intervenção.
O deputado bloquista promete que o partido estará "muito empenhado na construção do próximo Orçamento do Estado", mas isso não quer dizer que deixa "cair qualquer outra proposta ou qualquer outra área que não tenha diretamente a ver".
"Hoje o país olha de forma diferente para o BE, nós com a responsabilidade que temos não deixamos de abordar nenhum dos outros assuntos", reforçou, numa alusão ao apoio parlamentar do Bloco ao Governo socialista.
No sábado, o debate "Os paraísos da corrupção" terá como oradores o socialista João Cravinho e o líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, enquanto o fundador e antigo coordenador bloquista Francisco Louçã falará sobre "Maquiavel, a Guerra dos Tronos e a luta pelo poder da Europa".
Já no domingo de manhã, destaque para o painel sobre "Desobedecer à Europa" com o antigo socialista Alfredo Barroso e o deputado do BE José Manuel Pureza, enquanto à tarde o tema da eutanásia chegará à discussão com o antigo coordenador bloquista João Semedo, o psiquiatra Júlio Machado Vaz e a deputada do PS Antónia Almeida Santos.
As questões internacionais não ficam de fora do programa, com o tema do Curdistão ou um debate sobre "Angola: libertar a democracia" a marcar a agenda.