"Assunção Cristas tem liderado" porque "tem vindo a marcar pontos" e além disso o PSD tem cometido erros, acrescentou, no seu comentário político semanal, o ex-líder social-democrata..Segundo Marques Mendes, a líder "marca pontos no plano parlamentar" porque "ultimamente é a única a questionar Costa" já que Passos Coelho nos últimos debates não o fez, deixando as despesas da conversa para o seu líder parlamentar, Luís Montenegro..Por outro lado, "marcou pontos no combate à coligação de esquerda" visto que "a iniciativa que até agora maior desconforto causou no PCP e no BE foi desencadeada pelo CDS e não pelo PSD - a exigência da votação do Programa de Estabilidade"..E por último marcou pontos na agenda política, "como se viu ainda esta semana com as 25 iniciativas que apresentou no domínio da natalidade" - sendo que "ainda falta o xeque-mate da candidatura em Lisboa": "Se Cristas se candidatar é um problema sério para o PSD"..Já o PSD - considerou ainda Marques Mendes - tem cometido três erros. Por um lado, "desvaloriza Assunção Cristas" e "faz mal" já que a líder do CDS, podendo "não ter o talento de Portas" também "não tem os anti-corpos" que o antigo líder tinha..Por outro, está a "fazer guerra" ao Presidente da República, que é um "erro enorme" já que "o adversário do PSD é António Costa, não é Marcelo" e além do mais "a popularidade de Marcelo é cinco ou dez vezes superior à de Passos Coelho"..Por último, porque o PSD está "permanentemente à defesa, sem chama e sem ideia de futuro". "Passos Coelho continua à procura do seu registo. E ainda não o encontrou. Enquanto continuar assim tem dificuldade em gerar esperança e mobilização.".No comentário na SIC, Marques Mendes criticou também Durão Barroso por ter dito este sábado numa entrevista ao Expresso que em 2003 o Presidente da República Jorge Sampaio expressamente concordou com a cimeira das Lajes (entre George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, que daria o pontapé de saída na II guerra do Golfo)..Foram declarações "tudo menos inteligentes" e "Barroso parece Passos Coelho: fecha-se no passado em vez de se virar para o futuro". Além do mais, a "farpa" para Sampaio "foi no mínimo deselegante".