Marcelo só comenta contratos de associação após falar com Costa

"Dessa matéria em particular falarei depois de falar com o senhor primeiro-ministro", disse o chefe de Estado
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que falará sobre a polémica do fim dos contratos de associação com escolas ou colégios privados depois de conversar com o primeiro-ministro, António Costa.

"Dessa matéria em particular falarei depois de falar com o senhor primeiro-ministro", disse o chefe de Estado, quando questionado sobre a polémica do fim dos contratos de associação com escolas ou colégios privados.

Marcelo falava aos jornalistas à saída da cerimónia de apresentação da Coleção Digital de Livros Infantis Zero Desperdício, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Antes, na intervenção que fez na cerimónia, a propósito dos desafios que se colocam hoje em dia à Europa e à sociedade portuguesa, o Presidente da República tinha já abordado brevemente a questão da Educação, admitindo que por vezes tem dificuldade em perceber "afrontamentos" que existem neste domínio.

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"De quando em vez tenho dificuldade em perceber afrontamentos ao menos aparentes, que existem no domínio da educação por exemplo, ou como noutros, entre setores variados, o Estado, o setor social ou os privados quando o fim é o mesmo, a causa a prosseguir é a mesma, do que se trata é de saber compreender que há um dialogo a estabelecer e há caminhos de convergência que devem ser percorridos", disse.

Apontando precisamente a educação como um dos desafios que se coloca hoje em dia à Europa, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a falta de pedagogia que tem existido "num projeto que nasceu vanguardista". Além da educação, o Presidente da República defendeu ainda a necessidade da Europa redescobrir os cidadãos e as suas iniciativas, advertindo que sem isso surgem os movimentos xenófobos, populistas, eurocéticos e de distanciamento em relação às instituições europeia.

Por outro lado, vincou, existe o desafio da preocupação social, numa Europa que tantas vezes tem sido "sobretudo finanças, economia, tecnocracia e não preocupação social".

"Se assim é na Europa, assim é na sociedade portuguesa", acrescentou, recordando que desde o dia da sua tomada de posse tem dito que "a proximidade em relação aos cidadãos e proximidade dos cidadãos relativamente à resolução dos problemas da comunidade", a preocupação social e a educação são dimensões fundamentais e estão interligadas.

"É evidente que no dia-a-dia é fundamental haver rigor na gestão, senão não há sustentabilidade dos projetos, mas todos os grandes rasgos se fazem para além do mero rigor da gestão", acrescentou, salientando a importância da preocupação e solidariedade social.

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