Marcelo será aliado de Costa na aprovação do Orçamento
Marcelo Rebelo de Sousa disse esta tarde que caso o Orçamento do Estado para 2016 não estivesse aprovado quando tomasse posse "faria o possível e o impossível" para o ajudar a viabilizar. Numa intervenção de cerca de duas horas no Instituto Politécnico de Castelo Branco, o candidato presidencial disse também disse ser "absolutamente absurdo" admitir a "hipótese de dissolução da Assembleia da República".
O ex-comentador político disse esperar "muito sinceramente que o Orçamento do Estado para 2016 seja aprovado. Imagine-se o que era chegar ao verão com crise prolongada. Uma crise política em cima de uma crise financeira (...) teria preço brutal para o país".
O ex-líder do PSD admite que há pessoas à direita zangadas por ter esta postura. "Sei que esta minha posição suscitou um franzir de sobrolho de amigos meus, que ficaram muito mal dispostos", atirou. Mas justificou dizendo que não há "nenhum cálculo pessoal" ou "estratégia" de piscar o olho à esquerda, mas uma questão de "bom senso".
Num final de intervenção fortemente politizada, Marcelo até deixou recados a Passos e a Portas, dizendo que "para quem é oposição, o desafio é refazer-se na oposição".
Já pela tarde, após uma visita à Universidade da Beira Interior, Marcelo tinha afirmado que "o próximo orçamento será de transição e, tal como todos os orçamentos de transição, será difícil". No entanto, disse acreditar que "nos próximos dias" chegará o Orçamento à Assembleia da República.
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