Ninguém sabe bem de onde apareceram os autocolantes, mas surgiram numa arruada esta manhã nas Caldas da Rainha e trouxeram memórias das presidenciais de 1986. "Marcelo é fixe", foi o slogan colado em algumas lapelas. O candidato recomendado por PSD e CDS recusou, mas colou-se a Soares, um estilo de presidência que tem como exemplo: "Gosto porque é um paralelo com Mário Soares. Agora ser eu a colar, não, seria o cúmulo da prosápia"..Marcelo continua insistir na ideia de que é o candidato da esquerda da direita, não deixando de conviver com o setor operário. E onde? Lá vem outra vez 1986 à memória: Na Marinha Grande, mas sem chapada (como aconteceu nesse ano com Soares). Apenas um almoço com trabalhadores do sector vidreiro (da fábrica NORMAX)..No início do contacto com a população, Marcelo deu um abraço prolongado ao "grande mestre", como lhe chamou, Narana Coissoró. O histórico do CDS considera que o antigo colega de Conselho de Estado é "o candidato ideal" e rejeita a ideia de que esteja a desiludir a direita ao elogiar Costa, pois "tem de ser o Presidente de todos os portugueses e apitar para todos os lados"..Narana Coissoró deixou ainda duras críticas ao candidato Sampaio da Nóvoa, dizendo que é um "cândido candidato" e acusa "Nóvoa, que alguns chamam de nódoa"de "trazer um tempo novo, sem dizer qual é esse tempo novo. Parece Cristo"..No final da arruda nas Caldas, numa pastelaria, Marcelo comeu um bolo, uma das suas perdições e fez questão de pagar, mas dizendo à funcionária: "Tem é de pôr fatura, senão o ministro Centeno, que é herdeiro da ministra Maria Luís..."