Os funcionários públicos manifestam-se hoje junto à Assembleia da República, em Lisboa, para reivindicar alterações na proposta de Orçamento do Estado que permitam aumentar os salários do setor e descongelar as carreiras..A manifestação, promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, deverá contar com a participação de milhares de trabalhadores de todo o país, o que poderá levar ao encerramento de escolas e de serviços da Justiça e de Finanças..Segundo a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, "vão encerrar muitos serviços, mas é uma coisa normal em todas as manifestações da administração pública. Encerram muitas escolas, às vezes encerram tribunais e repartições de Finanças"..Para salvaguardar o direito dos trabalhadores a participar nas manifestações, as estruturas sindicais emitem sempre pré-avisos de greve que cobrem legalmente a ausência ao trabalho..Embora não se trate de uma greve, a deslocação a Lisboa faz com que muitos dos participantes não trabalhem o dia inteiro, sobretudo os que moram longe da capital..A manifestação, cujo desfile decorrerá entre a praça Marquês de Pombal e São Bento, conta com a participação de uma delegação da CGTP-IN liderada pelo secretário-geral, Arménio Carlos..O protesto ocorre no dia em que termina o prazo para a apresentação de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2017, que está a ser discutido na especialidade e cuja votação final global está agendada para o final do mês..Como é habitual, a realização da manifestação vai obrigar a cortes e condicionamentos à circulação automóvel no percurso do desfile..O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Trânsito, informou que existirão também constrangimentos ao estacionamento na avenida 24 de Julho, nomeadamente entre o cais do Sodré e a Avenida D. Carlos I, zona que estará reservada ao estacionamento para cerca de 200 autocarros que transportam os manifestantes de fora.