Exército vai desativar paióis de Tancos
O Exército vai desativar paióis de Tancos, alvo de um assalto a 28 de junho passado, avança hoje o Expresso. Segundo o semanário, o Chefe do Estado-Maior do Exército comunicou a decisão ao primeiro-ministro na reunião de terça-feira passada.
O general Rovisco Duarte informou António Costa, neste encontro no Palácio de Belém, de que o Exército iria desativar os paióis e que estava à procura de alternativas, diz o jornal. A exposição do local terá sido a razão que mais pesou para esta decisão.
Confrontado com esta informação, o Exército disse ao Expresso que "está a colaborar com as autoridades no esclarecimento do incidente e com a tutela na busca de soluções que permitam melhorar a situação no futuro".
Granadas de mão, granadas anticarro e explosivos estavam entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, anunciou o Exército no dia 29 de junho.
A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito ao caso, por suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.
No Exército decorrem averiguações internas e o ministro da Defesa Nacional, que afirmou desconhecer problemas de insegurança naquela base militar, determinou uma inspeção extraordinária às condições de segurança dos paióis.
António Costa reuniu-se na terça-feira durante duas horas e 20 minutos com o CEMGFA, com os chefes dos três ramos militares, Exército (Rovisco Duarte), Armada (Silva Ribeiro) e Força Aérea (Manuel Teixeira Rolo), e com o ministro da Defesa, Azeredo Lopes. Em cima da mesa, a segurança em instalações militares. Após o encontro, o primeiro-ministro afirmou que todos lhe deram garantias de que foram tomadas as medidas que asseguram ao país a segurança das instalações e a plena operacionalidade das forças militares.