Estado Islâmico procura tradutores de português e espanhol

Desde junho que mensagem nas redes sociais solicitava serviços de tradutores
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O grupo extremista Estado Islâmico (EI) lançou uma campanha na Internet para angariar pessoas que falem português ou espanhol para trabalharem como tradutores, noticiou hoje o jornal espanhol El Mundo.

"Queridos irmãos e irmãos, precisamos de irmãos e irmãs que falem português ou espanhol para nos ajudar no nosso projeto, se Alá quiser. Se falas uma destas línguas e queres juntar-te à nossa equipa de tradutores, por favor 'clica' aqui", lia-se na mensagem automática divulgada nas redes sociais -- principalmente o Twitter - desde junho.

Em maio, foram detetados dois novos canais informativos, um em português e outro em espanhol, criados pelo Daesh (acrónimo árabe que designa o EI) na rede Telegram, nos quais os seguidores do grupo radical podiam receber notícias atualizadas.

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) estava, em junho, a monitorizar um conjunto de pessoas, que comunicavam em português, no serviço de mensagens instantâneas Telegram.

O grupo usava a designação de "Nashir Português", numa referência à agência de notícias onde o EI publica os seus manifestos, a Nashir News Agency.

No mês passado, a polícia brasileira deteve dez pessoas por suspeitas de preparação de ataques durante os Jogos Olímpicos, que estariam ligadas ao grupo 'jihadista'.

Na véspera, Rita Katz, especialista norte-americana em contra terrorismo, avisou que extremistas islâmicos publicaram no Telegram recomendações de 17 técnicas para atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos, que decorrem entre os dias 05 e 21 de agosto no Rio de Janeiro.

Na notícia, o jornal El Mundo refere que os serviços de inteligência espanhóis detetaram um forte aumento da atividade do Daesh em espanhol, nomeadamente com a divulgação de várias mensagens naquele idioma, o que está a ser entendido pelos especialistas como uma indicação de que Espanha continua na mira do grupo radical.

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