O vice-governador do Banco Central Europeu justifica a opção, dizendo que a instituição com sede em Frankfurt não "presta contras" aos parlamentos nacionais. Apenas ao "Parlamento Europeu"..Questionado pelos jornalistas, na conferência de imprensa, no final da reunião do Ecofin, em Amesterdão, sobre o contacto para a presidente do conselho de supervisão do BCE, Constâncio escusou-se a "comentar a questão", por não saber "exatamente ao que se refere"..Danièle Nouy alega que na manhã de 19 de dezembro, Vítor Constâncio e Mário Centeno a contactaram para que o BCE desbloqueasse a oferta do Santander, junto da Comissão Europeia.."Não vou comentar essa questão, que está completamente fora [do âmbito] desta conferência de imprensa. E, nem se quer sei ao que se está a referir. Porque, como se sabe, não acompanho tudo o que se passa em Portugal, tendo em conta essa questão e outras", afirmou..O português nomeado, em 2010, para a vice-presidente do BCE, diz que não receber até agora "qualquer pedido de esclarecimento", da parte da comissão parlamentar de inquérito que investiga a resolução do Banif. E, caso venha a ser confrontado com questões do parlamento português, Constâncio optará por não responder, porque "não responde perante os parlamentos nacionais".."Não recebemos qualquer pedido, nesse sentido, como se sabe, de casos anteriores e de Países membros diferentes, o BCE não responde perante os parlamentos nacionais, em comissões de inquérito, porque apenas devemos prestar contas ao Parlamento Europeu", afirmou Constâncio.