Michael Sheen: "Nunca disse que ia deixar a representação"
"Eu não disse que ia desistir a representação e deixar Hollywood para me dedicar à política". Michael Sheen desmente assim o jornal inglês The Times, ao qual deu uma entrevista, e que publicou que o ator iria deixar Sarah Silverman, a companheira dos últimos dois anos, e a restante família em Los Angeles, nos Estados Unidos, para se mudar para Port Talbot, a cidade onde nasceu no País de Gales, e dedicar-se ao combate à política "demagoga e fascista" que tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos.
"Antes que isso tome proporções ridículas, o que eu disse foi que estava a pensar em representar menos e talvez até parar [de atuar] por um determinado tempo. Mas ainda não sei [se o vou fazer]", explica Michael Sheen num extenso comunicado publicado no Twitter.
"Nos últimos anos envolvi-me mais com os problemas da comunidade. Por causa do panorama político atual, é algo em que gostaria de me focar mais. O entrevistador perguntou-me o que isso significava para a minha carreira, e eu disse que poderia significar trabalhar menos como ator e talvez até mesmo parar durante algum tempo e em alguma altura. Mas eu realmente não sei ainda o que vou fazer", prossegue.
O The Times escreveu ainda que o ator, de 47 anos, considerou "triste e frustrante" o facto de a sua cidade ter sido uma das regiões que votou massivamente a favor do Brexit, em junho passado. "Não comparei as pessoas que votaram no Brexit ou em [Donald] Trump [para presidente dos EUA] a fascistas (...). A maioria das pessoas no Reino Unido, incluindo na minha cidade natal de Port Talbot, votou a favor. Foi essa a vontade do povo e deve ser respeitada. Isto é democracia", escreveu Sheen.
O comunicado termina com um alerta: "A nossa democracia tem de ser defendida e cada um de nós precisa decidir como pode contribuir para essa causa.