Polícia mata cão a tiro sem motivo aparente

As imagens da câmara de vigilância de um prédio mostram o animal a sair do apartamento e o agente a disparar quase de imediato.
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(Aviso: As imagens do vídeo podem impressionar)

As câmaras de videovigilância de um prédio mostram o que aconteceu e não se percebe o que levou o agente da polícia de Nova Iorque a disparar sobre o animal. As imagens mostram os agentes no hall que dá acesso a uns apartamentos e, no momento em que uma das portas se abre, sai de lá o cão, que parece estar a ladrar para o agente, mas que não parece representar qualquer perigo. O polícia saca da arma e, ao mesmo tempo que recua pelas escadas em direção ao andar inferior, dispara. O cão fica estendido no chão.

Ainda em roupa interior, a dona do animal sai de casa, aflita. Várias pessoas juntam-se no hall, olhando para o cão e gesticulando como se estivessem a condenar a atitude do agente.

Sem áudio, é impossível ouvir o que dizem. E também não se consegue perceber o que levou o agente a matar o cão, a não ser um medo irracional deste tipo de animais.

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É isso que o agente Ruben Costa terá de explicar aos investigadores do departamento da polícia de Nova Iorque que estão a investigar o caso, explica o New York Daily News, que divulgou o vídeo na semana passada.

"Em todas as circunstâncias têm de ser os agentes a perceber o que está a acontecer e a decidir que equipamento usar - taser, spray pimenta, arma de fogo", explicou o comissário Bill Bratton ao jornal. "Neste caso ele usou a arma de fogo, pelo que, como parte da investigação, ele terá de justificar o que lhe passou pela mente naquele momento em particular", acrescentou o responsável.

O incidente ocorreu a 13 de fevereiro, às 5h30, quando dois agentes da polícia de Nova Iorque responderam a uma chamada por violência doméstica. Quando estavam naquele hall, o cão começou a ladrar e, mal a dona, Yvonne Rosado, abriu a porta, este escapou para o exterior.

"O polícia reagiu mal", afirmou a dona do animal, um pit bul de quatro anos, num outro artigo do mesmo jornal, explicando que, no momento em que o agente disparou ela estava a dizer precisamente que o cão não fazia mal, que era meigo. "E se ele falhasse o cão e acertasse na minha filha", perguntou. Yvonne Rosado está agora a ponderar processar a polícia.

A vizinha, Serena Santiago, que estava nas escadas com o agente quando se deu o tiro, garantiu: "O Spike morreu a abanar a cauda".

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