Partido do ministro do Desporto abandona Governo de Dilma
O presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), Marcos Pereira, anunciou na quarta-feira à noite que o partido deixará de apoiar o Governo de Dilma Rousseff e o ministro do Desporto, George Hilton, colocará o cargo à disposição.
"Não vemos norte para a situação do país", justificou Marcos Pereira, citado pela imprensa brasileira.
A decisão foi votada numa reunião entre os deputados e as lideranças do partido num encontro na Câmara dos Deputados, em Brasília, e foi unânime, escreve a Folha de São Paulo.
De acordo com a edição 'online' do mesmo diário, a intenção do partido era debater o tema na próxima semana, mas a decisão da Presidente Dilma Rousseff de nomear o seu antecessor no cargo, Lula da Silva, para ministro da Casa Civil precipitou a reunião.
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A escolha do ex-chefe de Estado para um dos mais altos cargos no país é vista como uma manobra política, numa altura em que Dilma Rousseff arrisca um processo de impugnação.
Além disso, ao entrar para o Governo, Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato (relacionada com corrupção em várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras), passa a ter foro privilegiado, podendo apenas ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal.
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Com esta decisão, a bancada do PRB na Câmara dos Deputados, com 21 parlamentares, e no Senado, onde tem um senador, passará a votar de forma independente no Congresso.
"Esse gesto representa um anseio da população. Estamos aqui em defesa do povo brasileiro. Votaremos pelo povo brasileiro", afirmou o deputado Celso Russomanno, citado pela imprensa.
O PRB é um dos nove partidos que integram o Governo liderado por Dilma Rousseff.
A oposição, por seu lado, pede a renúncia de Dilma. "Renúncia, renúncia", gritaram os deputados opositores e dissidentes do PT em pleno plenário, após a divulgação das escutas das conversas entre a presidente e Lula da Silva. "Lula na cadeia", ouviu-se também
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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) vai avançar para o Supremo Tribunal Federal para impedir a posse do ex-presidente como chefe da Casa Civil, marcada para hoje às 10h00 locais, 13h00 em Lisboa (esteve inicialmente prevista para terça-feira.