1237. Terá sido este o número de delegados que Donald Trump ultrapassou ontem, garantindo assim a nomeação republicana para as presidenciais de 8 de novembro. Pelo menos segundo a contagem da Associated Press (AP) que deu ontem conta de um pequeno número de delegados não atribuído, entre eles a presidente dos republicanos do Oklahoma, Pam Pollard, que confirmaram a intenção de apoiar o milionário na convenção de Cleveland, Ohio, marcada para julho.."Ele tocou uma parte do nosso eleitorado que não gosta do rumo que o nosso país tomou", explicou Pollard à AP, antes de acrescentar: "Não tenho qualquer problema em apoiar Trump"..Segundo as contas da agência de notícias americana, o magnata do imobiliário terá neste momento 1238 delegados garantido, mais um do que os necessários para assegurar a nomeação. E ainda faltam atribuir os 303 delegados em jogo nas cinco primárias de 7 de junho, o que, tendo em conta que desde as desistências de Ted Cruz e John Kasich Trump ficou sem rivais republicanos, lhe deve permitir chegar à convenção com os delegados mais do que suficientes para evitar qualquer desafio à sua nomeação..Uma realidade que o aparelho do Partido Republicano terá de aprender a aceitar. O chamado establishment começou por menosprezar Trump e quando percebeu que ele estava no caminho certo para se tornar no seu candidato em novembro fez de tudo para o travar. Desde apoiar candidatos menos controversos - de Jeb Bush a Marco Rubio - a esquecer a velha guerra com Ted Cruz quando este se afirmou como única alternativa viável a Trump, até procurar um candidato que aceitasse avançar como independente contra o milionário. Tudo falhou..A mensagem antissistema e o estilo desbocado de Trump - um empresário de sucesso que nunca foi eleito para nenhum cargo - foi bem recebida pelas bases republicanas, cansadas dos políticos profissionais..E a acreditar nas últimas sondagens, Trump está cada vez mais popular, tendo ultrapassado um atraso de dois dígitos em relação a Hillary Clinton, a provável nomeada democrata, nas presidenciais. Segundo a média dos estudos feita pelo site Real Clear Politics, o milionário e a primeira dama estão agora empatados nas intenções de votos, com 43% cada..[artigo:5173408]