Identificado o autor do ataque terrorista em Londres: Khalid Masood

Suspeito já tinha sido condenado várias vezes pela justiça britânica, mas nunca por crimes ligados ao terrorismo.
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A polícia revelou a identidade do autor do ataque em Londres desta quarta-feira. Trata-se de Khalid Masood, que nasceu Adrian Elms, um homem de 52 anos nascido em Kent, no sudeste da Inglaterra, segundo o The Guardian.

O homem vivia na região das West Midlands e usava vários vários pseudónimos.

Khalid Masood era conhecido pelas autoridades e já tinha cadastro por ter sido condenado algumas vezes por crimes como agressão, posse de armas e perturbação da ordem pública. A primeira condenação foi em 1983 e a última em 2003.

Massood nunca foi condenado por crimes ligados ao terrorismo e a polícia britânica diz que o homem não estava a ser investigado ou vigiado pelas autoridades.

"Masood não estava a ser investigado e não havia informações da sua intenção de planear um ataque terrorista", disse a polícia em comunicado.

A primeira-ministra britânica Theresa May tinha dito esta manhã que o homem que ontem atacou Westminster, matando três pessoas (dois civis e um polícia) e ferindo outras 29, era britânico e conhecido das autoridades, mais precisamente do MI5, os serviços secretos do país.

A governante adiantou, numa intervenção no parlamento, que "há alguns anos" o atacante foi investigado pelo MI5 por eventuais ligações ao "extremismo violento". No entanto, disse que se tratava de "uma figura periférica".

A primeira-ministra esclareceu ainda que, além dos 12 britânicos, foram assistidos no hospital três franceses, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês, um irlandês, um italiano e dois gregos. Há ainda três polícias feridos, dois deles em situação grave.

Masood foi morto por um agente da polícia após esfaquear um outro polícia, que acabaria por morrer. Imagens do suspeito começaram a circular nas redes sociais pouco depois do ataque.

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O atentado de quarta-feira em Londres foi o primeiro reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico no Reino Unido, mas apenas o mais recente de vários ligados ao extremismo islâmico nos últimos dois anos na Europa, especialmente em França.

Quatro pessoas morreram no atentado: Aysha Frade, 43 anos, britânica de origem espanhola casada com um português, um polícia, Keith Palmer, 48 anos, Kurt Cochran, norte-americano que estava a realizar uma viagem pela Europa para assinalar o 25º aniversário do seu casamento (a sua mulher, Melissa ficou gravemente ferida), e o atacante agora identificado como Khalid Massod.

O grupo 'jihadista' reivindicou o ataque, afirmando, através da agência de propaganda Amaq, que o atacante era "um soldado do Estado Islâmico" que agiu em resposta aos apelos do grupo para "ataques contra os países que integram a coligação" que combate o grupo extremista no Iraque e na Síria.

"O perpetrador do ataque de ontem em frente ao parlamento britânico era um soldado do Estado Islâmico e a operação foi realizada em resposta aos apelos para atacar os países da coligação", escreveu a Amaq, citando uma "fonte da segurança"

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