\t"É um projeto de interação, que permitiu aos mais pequenos crescerem olhando para a diferença como algo normal, sem criar tabus, e que também ajudou alguns pais a ultrapassar essas barreiras", afirmou António Paulo, um padre ligado ao projeto..\t É no Centro Social e Paroquial Padre Sebastião Esteves que se juntam as crianças que frequentam a creche e os jovens e adultos com deficiência que andam no Centro de Atividades Ocupacionais (CAO)..Todas a semanas partilham atividades desde a horta pedagógica, onde regam ou arrancam ervas, à música ou animação. .O CAO, segundo o pároco, ajudou a dar resposta aos pais que não tinham onde deixar os seus filhos com deficiência. .O projeto "tem já resultados muito visíveis", afirmou António Paulo. "Tem sido vê-los crescer e vê-los completamente desinibidos a interagir uns com os outros. Os mais pequenos vão ao colo dos portadores de deficiência e estes são carinhosos e muito atenciosos", explicou..Para António Paulo, as repercussões do "Crescer com a diferença" são também já visíveis a nível da sociedade civil que começou a "olhar para a diferença com outro olhar".."Para os jovens e adultos do CAO está a ser bastante importante, porque eles sentem que estão a ajudar alguém. Em vez de estarem no centro para serem ajudados pelos técnicos, com este projeto sentem que estão a ajudar as crianças, brincar com elas, dar-lhes de comer, dar algum carinho e conforto. Estão bastante contentes", afirmou Daniela Cardoso, diretora técnica do CAO..À associação juvenil Animódia cabe o "papel mais gratificante"..Esta associação é parceira da iniciativa e acaba por, através da música e das brincadeiras dos palhaços, ligar os mais pequenos e os mais graúdos. ."Acabamos por fazer a ponte entre os miúdos", referiu José Miguel, transformado no palhaço Migalha..O projeto e o centro paroquial contam ainda com o apoio da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real..\t