Subsídio de desemprego entra em vigor em julho em Cabo Verde

O subsídio de desemprego vai entrar em vigor a partir de julho em Cabo Verde, segundo decisão saída da reunião do Conselho de Concertação Social, que hoje decorreu na cidade da Praia.
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Segundo informação divulgada oficialmente pelo gabinete do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante a reunião, que juntou membros do Governo, representantes dos patrões e sindicatos, "foi concertada a data" de entrada em vigor desta prestação social, estando "criadas todas as condições para o efeito".

Foi ainda assumido o compromisso de "melhorar, em extensão e em profundidade, a cobertura do subsídio de desemprego".

Durante a reunião, foi ainda acordado aumentar o salário mínimo de forma gradual até atingir os 15 mil escudos (cerca de 136 euros) no final da legislatura.

Atualmente o salário mínimo em Cabo Verde está fixado em 11 mil escudos (cerca de 100 euros).

O Executivo assumiu o compromisso de desenvolver políticas sociais "adequadas à redução da pobreza relativa em 16% e da pobreza extrema em 5%" até ao final da legislatura.

Regularizar as situações pendentes relativas às reclassificações, promoções e progressões dos funcionários públicos e regularizar os reembolsos dos impostos em dívida até 2019 foram outras metas traçados pelos parceiros na reunião.

"Um conjunto de metas que anualmente são discutidas e respaldadas nos orçamentos de Estado, passarão a ser discutidas e partilhadas, previamente, com os parceiros sociais, em julho de cada ano", ou seja antes da elaboração do documento, adianta a informação.

Durante a reunião foi aprovado na generalidade o Acordo Estratégico de Médio Prazo, um documento em que os parceiros sociais assumem "compromissos fundamentais e estruturantes, para colocar o país a crescer a taxas mais elevadas, gerar mais empregos, duplicar o rendimento médio dos cabo-verdianos e reduzir de forma significativa a pobreza".

A meio da manhã, em declarações à comunicação social, as centrais sindicais e a Câmara do Comércio de Sotavento consideraram a proposta apresentada pelo Governo uma "boa base" de negociação.

O Conselho de Concertação Social reuniu pela terceira vez nesta legislatura com a presença de duas dezenas de membros entre representantes dos trabalhadores, das entidades empregadoras e do Estado.

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