"Nós gastamos neste momento, por causa dos professores que subiram para cerca de 12 mil, 4,1 mil milhões de francos cfa", afirmou o ministro..Questionado pela Lusa sobre se está previsto um aumento salarial, o ministro explicou que "não está no horizonte aumentar, mas ajustar algumas disparidades entre algumas profissões e algumas situações pontuais".."Penso que por uma questão de justiça salarial deve haver uma certa renovação", salientou..Para isso, em janeiro o Governo criou uma comissão que está a estudar a tabela salarial.."O que se pretende fazer é encontrar uma maior equidade e equilíbrio na tabela. Hoje há tabelas paralelas. Não estamos contra, mas é preciso ter em conta que todos prestam o mesmo serviço ao Estado", disse, indicando que o trabalho ainda não está concluído..Para o ministro João Fadiá, o Governo até podia ter "condições de pagar bons salários, mas o problema que se põe é o número de empregados que existem na Função Pública".."São cerca de 32.000 funcionários públicos, entre os quais 12.000 do setor da educação", disse..Sobre os denominados "funcionários fantasmas", o ministro explicou que, por exemplo, já fez três tentativas e ainda não conseguiu ter a lista definitiva do número de funcionários afetos ao seu ministério, porque existem os "chamados efetivos, os contratados, noutras situações, irregulares, estagiários".."Era bom que de facto o setor empresarial pudesse ter outra dinâmica e dimensão e absorver a mão-de-obra que existe. O Estado sozinho não pode. Há pessoas aqui em regime de estagiário há 10 anos (sem auferirem qualquer rendimento)", lamentou o ministro, sublinhando que não é uma situação fácil e cómoda. .Em janeiro, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, já tinha pedido ao Governo "reformas urgentes" no setor da Função Pública, afirmando que na atual situação todo o dinheiro arrecadado pelo Estado serve para o pagamento de salários.