Espanha assinala 40 anos de primeiras eleições democráticas de 1977

Espanha assinala hoje os 40 anos das primeiras eleições gerais livres, que em 15 de junho de 1977 contribuíram de forma decisiva para a transição do regime do ditador Francisco Franco para o atual sistema democrático.
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"Em 15 de junho o povo espanhol escolheu liberdade, democracia, reconciliação e concórdia. Não há melhor caminho para conviver e progredir no dia-a-dia", escreveu hoje o rei Felipa VI na sua conta na rede social Twitter.

O chefe do Governo, Mariano Rajoy, na mesma rede social também sublinha que em 1977 "os espanhóis escolheram a liberdade, a concórdia e a democracia".

Todos os órgãos de comunicação social assinalam hoje esse dia determinante na consolidação da democracia espanhola, com a publicação de artigos e a apresentação de programas especiais.

Os espanhóis não votavam de forma livre desde fevereiro de 1936, poucos meses antes do início da Guerra Civil.

A União do Centro Democrático (UCD), uma coligação de democratas-cristãos, liberais e reformadores vindos do franquismo, liderados pelo então primeiro-ministro, Adolfo Suárez, ganhou as eleições de 1977 com 34,4% dos votos e 165 deputados, a 11 da maioria absoluta.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Felipe González foi a grande surpresa, com 118 lugares, içando a bandeira da esquerda em detrimento do Partido Comunista Espanhol (PCE) de Santiago Carrillo, que só conseguiu 20 deputados, quatro mais do que a Aliança Popular (AP) de Manuel Fraga.

A partir de 15 de junho de 1977 começou o processo de construção do atual sistema democrático, com a redação de uma nova constituição que a 06 de dezembro de 1978 foi aprovada em referendo.

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