Em conferência de imprensa, realizada quarta-feira ao final do dia, Tomás Barbosa, atual ministro do Desporto e Cultura e porta-voz de militantes dissidentes do PAIGC, disse que é errado que a direção do PAIGC proponha a reintegração apenas dos 15 deputados expulsos. .Para Tomás Barbosa, a reintegração deve ser para os "mais de 200 mil militantes" que apoiam a visão do chamado "grupo dos 15".."A reintegração tem que ser a partir das bases do partido. Há muitos militantes de base, das estruturas intermédias, veteranos, jovens que foram expulsos que devem ser reintegrados", disse Barbosa..O dirigente do PAIGC lembrou ainda que o Acordo de Conacri fala da reintegração sem qualquer negociação prévia, pelo que a diligência iniciada pela direção daquele partido não faz sentido, ainda que seja um exercício necessário..O Acordo de Conacri é um instrumento político patrocinado pela Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) para acabar com a crise política que assola a Guiné-Bissau há quase dois anos..O documento assinado por diferentes atores políticos guineenses prevê, entre outros, a reintegração dos deputados expulsos do PAIGC e a formação de um governo de consenso de todos, cujo primeiro-ministro seja uma figura de confiança do Presidente, José Mário Vaz..A direção do PAIGC disse estar aberta para reintegrar os 15 deputados expulsos em janeiro de 2016 por terem votado contra o programa do governo que estava a ser debatido no Parlamento.