Funcionando das 09:00 às 18:00 no edifício da associação, em Santa Maria de Lamas, o novo Cork Welcome Center (CWC) reúne suportes de informação como artigos em registo digital, filmes e documentários, testemunhos gravados e até materiais de construção..Esses itens serão distribuídos por quatro grandes núcleos temáticos - o montado, a cortiça, a indústria e os seus produtos - e estarão disponíveis para consulta por associados da APCOR e respetivos clientes, comunidade escolar de todos os graus de ensino e turistas que pretendam obter uma panorâmica geral sobre a matéria-prima resultante do sobreiro.."O setor passa a ter na APCOR um 'showroom' coletivo", sendo que "além de dar a conhecer o sobreiro, a cortiça e as suas propriedades, o CWC evidencia as múltiplas aplicações desta matéria-prima e a inovação sectorial", afirmou à Lusa o presidente da associação, João Rui Ferreira. .A nova estrutura também foi pensada para atender às necessidades dos 270 associados da APCOR e, concretizando "um antigo objetivo do setor", está agora apta a acolher eventos que esses aí queiram realizar com os seus clientes e colaboradores..Para esse efeito, o CWC integra um "mural associativo" que representa os 270 membros da rede e conta também com a nova Sala Américo Amorim, assim designada em homenagem ao "grande empresário" da indústria corticeira e ao "forte legado" que deixou na APCOR..Funcionando como "uma montra do setor", o novo CWC propõe-se ainda "potenciar as visitas turísticas" à indústria da cortiça, que, desde 2016, recebeu "mais de 3.000 turistas nacionais e estrangeiros", revelando-lhes "processos de fabrico e múltiplos e variados produtos" nessa matéria-prima..O crescimento do turismo industrial no domínio da cortiça é, aliás, acompanhado pela evolução do próprio setor que, segundo a APCOR, vive "um período muito positivo de expansão, uma vez que se prevê um aumento de exportações de 6,5% este ano, sendo que nos últimos nove anos as exportações médias anuais cresceram na ordem dos 4,5%"..Os três principais destinos das exportações do setor no primeiro semestre de 2018 foram: a França, que absorveu 108 milhões de euros de cortiça portuguesa, o que corresponde a 19,5% do total exportado; os Estados Unidos da América, que compraram 96,3 milhões e, como tal, 17,3% do total vendido ao exterior; e a Espanha, que adquiriu 84,4 milhões e 15,1% do total encaminhado para o mercado externo..A APCOR destaca ainda que a evolução no montante das vendas: as encomendas para Espanha (3.º principal importador) aumentaram 24,9% em valor relativamente ao mesmo período de 2017, os envios para a China (7.º) cresceram 23,9% e as remessas para a Austrália (10.º) cresceram 25,5%..O principal objeto dessas encomendas continua a ser a rolha de cortiça, produto que justifica mais de 70% do total das exportações, seguindo a grande distância pelos materiais de construção, com cerca de 25%.."Estamos satisfeitos com este momento de sucesso que é a inauguração do CWC, mas ambicionamos dar continuidade ao crescimento da indústria e, para isso, a promoção internacional do setor é determinante e chave - pelo que contamos com o Governo para manter o apoio a esta dinâmica de exportação", concluiu João Rui Ferreira.