Atlético Madrid planeia levar André Silva na próxima época

Se o ponta-de-lança evoluir conforme esperado, espanhóis deverão avançar para mais um negócio milionário com os dragões
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Já poucos duvidam da capacidade e potencial de André Silva, que após ter conquistado a titularidade no FC Porto (fez seis golos nos últimos sete jogos oficiais) estreou-se na seleção principal, convencendo não só Nuno Espírito Santo e Fernando Santos como também... o Atlético de Madrid. Segundo apurou o DN, o clube madrileno treinado por Diego Simeone está particularmente atento à evolução do avançado e apresentará uma proposta concreta se André Silva chegar ao rendimento que lhe é perspetivado.

Conforme o DN noticiou anteriormente, o FC Porto teve a oportunidade de, em agosto, vender André Silva por 25 milhões de euros. Não era, aliás, uma decisão do FC Porto: dois clubes estavam dispostos a bater a cláusula de rescisão do avançado de 20 anos, algo que levou a SAD portista a ter que acelerar o processo de renovação de contrato, caso contrário não poderia impedir a saída do camisola 10.

A notícia foi, de resto, confirmada por Pinto da Costa. "Corríamos o risco de perder o André Silva, que estava a ser muito assediado por clubes alemães. Conseguimos resolver esse problema, ao subir a cláusula de rescisão para 60 milhões de euros", disse o presidente do FC Porto, que chamou Jorge Mendes para fechar a renovação do contrato do avançado, até 2021.

O DN sabe que o empresário assegurou uma percentagem do passe de André Silva no caso de uma futura transferência, estando o At. Madrid na linha da frente para assistir à evolução do avançado.

André Silva foi, aliás, tema de conversa entre Atlético e FC Porto ao longo do defeso, mas sem perspetivas de negócio no último mercado - os colchoneros não precisavam de outro ponta-de-lança, por isso fizeram apenas saber que André Silva era um nome que seguiriam com atenção; já o FC Porto considerava o avançado inegociável nesta janela de transferências.

Ainda assim, FC Porto e Atlético voltarão a sentar-se à mesa no final da temporada, uma vez que Óliver Torres e Diogo Jota foram emprestados aos dragões (no caso do médio, o empréstimo prolonga-se até dezembro de 2017).

Porém, as cláusulas de compra dos dois jovens são bastante elevadas e a sua soma ascende a 40 milhões de euros. É por isso expectável que o FC Porto, caso tenha interesse em manter Óliver e Jota no plantel a título definitivo, procure baixar o preço de ambos os jogadores, e aí o Atlético de Madrid poderá colocar André Silva em cima da mesa, com vista à sucessão do avançado internacional espanhol Fernando Torres - termina contrato em 2017 e deverá sair.

Mendes reaproximou os clubes

Durante largos anos, FC Porto e At. Madrid só tinham discutido uma transferência. Aconteceu em 1987, na altura por causa de Paulo Futre, que custou cerca de três milhões de euros. Mas nos últimos sete anos já fecharam quase uma dezena de transferências, sendo que os colchoneros já emprestaram, venderam, contrataram a custo zero e até bateram uma cláusula.

Tudo começou em 2009, na polémica saída de Paulo Assunção, que invocou a Lei Webster para rescindir com o FC Porto e assinar pelo Atlético. Com os dragões a ameaçarem recorrer às instâncias jurídicas, o Atlético pagou uma compensação de 3,5 milhões de euros para evitar problemas.

A partir daqui, os dois clubes passaram a negociar com frequência, quase sempre tendo Jorge Mendes como elo de ligação. Em 2011, Falcao e Rúben Micael rumaram a Madrid por 45 milhões de euros. Em 2013, o Atlético "pescou" Cristian Rodríguez a custo zero. Óliver foi emprestado ao FC Porto em 2014 e Adrián López juntou-se a ele por 11 milhões. No último ano, o Atlético bateu a cláusula de rescisão de Jackson, por 35 milhões de euros, e neste defeso cedeu Jota e Óliver. André Silva pode ser o senhor que se segue.

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