Natalie Portman, depois do "cisne negro" é Jackie
Para fazer Jackie, o filme do realizador chileno Pablo Larraín sobre a viúva do presidente John F. Kennedy, a atriz Natalie Portman passou certamente muito tempo a ver os vídeos e as entrevistas da verdadeira Jacqueline Kennedy, imitando-lhe os gestos, o sorriso afetado, a maneira como ela sussurrava as palavras. A imitação é quase perfeita e a interpretação valeu-lhe uma nomeação para o Óscar de Melhor Atriz num filme que só tem mais duas nomeações (Guarda Roupa e Banda Sonora Original).
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Não se trata de uma novidade para Natalie Portman. Esta é já a terceira vez que está nomeada para os Óscares. A primeira vez foi com Perto Demais, o filme de Mike Nichols (2004) com o qual Clive Owen também esteve nomeado.
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A segunda vez foi com o thriller psicológico Cisne Negro, de Darren Aronofsky (2010). Desta vez, Natalie Portman ganhou mesmo o Óscar pela sua interpretação de uma bailarina obcecada com a sua performance em Lago dos Cisnes numa companhia onde a competitividade está a pôr em causa a sua sanidade mental.
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Natalie Portman, de 35 anos, é atriz desde os 12, tendo começado a sua carreira logo em grande com Léon, O Profissional, de Luc Besson (1994). Ela brilhava ao lado de Jean Reno:
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De então para cá, nunca mais parou. A sua carreira pauta-se pela diversidade. Há quem a conheça da nova trilogia de Guerra das Estrelas (episódios I, II e III), onde interpretou o papel de Padmé, mas também há quem a tenha visto em Toda a Gente Diz que Te Ama, de Woody Allen (1996), Garden State, de Zach Braff (2004), ou My Blueberry Nights - O Sabor do Amor, de Wong Kar-Wai (2007). Em 2010, Portman entrou em I'm Still Here, o filme experimental realizado por Casey Affleck (que este ano está também nomeado ao Óscar de Melhor Ator, por Manchester By The Sea). Tanto a vemos num filme de ação e fantasia como Thor: O Mundo das Trevas, de Alan Taylor (2013) como em Cavaleiro de Copas, de Terrence Malick (2015).
No ano passado, estreou Uma História de Amor e Trevas, com argumento seu (a partir das memórias de Amos Oz), e que também realizou e interpretou. Foi um projeto muito pessoal, uma vez que Natalie nasceu em Israel, numa família judia, tendo emigrado para os EUA com três anos. Este filme foi como uma carta de amor ao seu país.
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Se ganhar o Óscar de Melhor Atriz, na cerimónia que se realiza no próximo domingo à noite, Natalie Portman deixará para trás Isabelle Huppert (Ela), Ruth Negga (Loving), Emma Stone (La La Land) e Meryl Streep (Florence Foster Jenkins).